Em Porto Alegre, aos dez minutos de jogo, o Coritiba já estava perdendo para o Grêmio com os gols de Luiz Fernando e David Braz, quando o seu treinador Jorginho trocou Guilherme Biro por Giovani Augusto.
Quando, aos dez minutos de jogo, o treinador intervém com uma substituição porque o seu time já está perdendo por 2×0, está confessando o seu erro na escalação do time. Esse fato, às vezes, é até compreensível, e a confissão por ser prova de sinceridade do treinador, quando o erro não se torna regra. Mas, Jorginho, não: erra como método, é o erro sistemático que estabelece uma regra. A exceção é o acerto.
É possível que tenha ficado a imagem de que o Coritiba com Giovani Augusto melhorou e fez um bom segundo tempo, marcando o seu gol com Nathan.
É aí que está o grande problema.
Sendo de baixa qualidade, o time do Coxa não pode ficar ainda mais vulnerável por um erro primário de escalação, que o próprio treinador autenticou. A associação desses dois fatores cria um elemento explosivo, que torna impossível a reversão dos números.
E digo mais: se Jorginho não errasse de imediato, seria um jogo para o Coritiba enfrentar o Grêmio com perspectiva de bom resultado final. Mas pelos erros do treinador, em dez minutos estava liquidado.
Fantasma na Baixada
Quando escrevo, o Athletico está em 15º lugar, em uma zona de perigo. Se esse jogo contra o Ceará já era de risco, aumentou o seu grau pela obrigação de ganhar, mas, por um outro fator. A ausência do goleiro Santos, que, na seleção brasileira, ficará ausente nos próximos três jogos.
Ocorre que a redução da sua qualidade técnica nessa temporada tornou o Furacão, ainda mais, dependente de Santos, seja onde jogar. Na Baixada, inclusive.
Não se trata de desconfiar do reserva Jandrei, embora sejam grandes as diferenças entre um e outro. É que se confia no goleiro reserva, desde que prove que se pode confiar, pois não tem direito ao erro. No caso, Santos alcançou um estágio tão graduado, que a sua ausência pode gerar uma insegurança no time por inteiro.
Isso quer dizer que o Furacão para impor o seu favoritismo, tem que vencer esse fantasma.
+ Mais Mafuz:
+ Um ambiente atleticano na Comary
+ Coritiba cansado de desaforo