Jogo de risco

Jogar contra um time gaúcho nunca foi fácil.

Não importa que seja um time de terceira, como é o Caxias. É que mais do que com o físico, esse time corre, marca e luta com o espirito. Se por essa tradição, o jogo do Atlético, em Caxias, pela Copa do Brasil, já era ambientado no imprevisto, o Furacão torna-o um enigma. Uma “caixinha”, só que de dentro não sairá nenhuma surpresa.

Não obstante ser o time grande do confronto, o Atlético corre sérios riscos. É que virado do avesso sob o aspecto tático pelo treinador Fernando Diniz, vai começar do zero.

Depois de adotar um padrão durante três anos terá que se adaptar com a ortodoxa linha de três zagueiros, e um meio cujas características dos jogadores não sugerem nenhum caráter de marcação. Qualquer time, nessas circunstâncias, e, ainda, com Wanderson como o zagueiro de sobra, Carleto por uma ala, e Ribamar como o “1” do esquema, exige reflexão.

Não quero dizer que é um erro mudar. Entendo até que é preciso. O futebol do clube está cheio de vícios, embora o maior seja impossível remover. Mas adotar um critério radical, em um jogo eliminatório de inicio de temporada, é correr riscos. O maior deles, o de ser excluído, como já aconteceu contra time de terceira (Tupi).

Ver o Atlético jogar, o que está se tornando raridade, já é um consolo.

Cinquentenário

Há cinquenta anos, o saudoso Munir Calluf levou Dirceu Krüger do Britânia para o Coritiba. O resto da história todos conhecem. Krüger virou estátua. Agora, Miguel Calluf, filho de Munir, e que é agente de futebol, está levando o arisco atacante Allexson, do Paraná, que tem uma costela do Britânia, para os coxas.

As coincidências, com certeza, terminarão aí.

Esvaziado

As redes de televisão que adquiriram os direitos de transmissão do Campeonato Francês, em razão da contratação de Neymar pelo PSG, já estão reclamando dos poucos pontos de audiência. O que no começo provocava atenção, agora só provoca curiosidade por exclusão. Não esperavam que os franceses tivessem um campeonato tão fraco, sem competição. E ficará pior se o PSG for eliminado pelo Real Madrid da Liga dos Campeões.