O goleiro Weverton, campeão olímpico, estaria iniciando a fase de despedida do Atlético. O seu contrato terminando em maio, dá-lhe autoridade para firmar um pré-contrato com outra associação. Com o Palmeiras, dizem. E, aí, o Furacão não teria nenhuma compensação financeira.
Se adotar como referência o comportamento do Atlético diante desses situações, é de se presumir que Weverton esteja mesmo no estágio de despedida.
O Atlético, talvez, seja o único clube que soube conviver com a Lei Pelé, em especial, com o fim do vínculo (extinto passe) ao termo final do contrato de trabalho.
Desde 1998, quando entrou em vigor a Lei Pelé, o Furacão nunca perdeu os direitos de um jogador pela extinção do contrato de trabalho. Nem mesmo Dagoberto, que para sair, obrigou-se a depositar em juízo R$ 5 milhões. A renovação de contrato bem antes do seu término, com alteração de salário e a indenização da cláusula rescisória, foi e continua sendo o seu instrumento para evitar a perda de direitos. E quando sente que vai perder, faz acordo.
Se Weverton não foi chamado para renovar, o clube está manifestando a sua vontade final de liberá-lo, para seguir em frente. O caso de Weverton é uma prova de como o mercado de goleiros é restrito. Ser campeão olímpico, não é pouca coisa. Mais, ainda, quando entre as últimas imagens do filme está a defesa que decidiu. No entanto, não houve proposta que incentivasse o Furacão a negociá-lo, preferindo o seu uso nesse final de temporada. A consciência no CT do Caju é que chegou o momento de Léo.
O caso lembra muito o de Ricardo Pinto, um dos ídolos da época que tinha os sagrados Alberto Valentin, Oséas e Paulo Rink. O Atlético concluiu que havia chegado a hora de Flávio “o Pantera”. Ricardo Pinto foi embora e Flávio teve muitas horas. Depois de Caju, foi o goleiro que mais ganhou títulos com a camisa rubro-negra. No título brasileiro de 2001, foi fundamental.