Quando eu afirmo que o futebol, por sua natureza empresarial, tem que ser tratado no mesmo nível dos outros segmentos comerciais flexibilizados, eu não estou reclamando privilégios a seu favor.

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O que eu não aceito é o fato de manter o futebol confinado, para desviar a atenção do estrangulamento que está ocorrendo na rede hospitalar, em razão da flexibilização irresponsável autorizada pelos governantes. É revoltante assistir esses exibirem-se nos jornais da RPC, equilibrando-se em cima do muro: ao mesmo tempo que mandam abrir shoppings, restaurantes, bares e comércio, pedem para o povo ficar em casa.

Concordo com a hipótese de que a volta, em julho, do futebol apenas para atender o interesse da política prostituída entre CBF e federações, é uma violação ao sistema médico e sanitário de combate ao Covid. Mas, como negar ao futebol o mesmo direito que se dá a todos os outros segmentos empresariais?

Não obstante esse estado ser provocado pela CBF e federações, não há como afastar a responsabilidade dos clubes. Botafogo e Fluminense foram contra a volta do Carioca, até o momento em que a politica os convenceu do contrário. No domingo, foram para campo e jogaram. Por aqui, nenhum dirigente se manifestou contra o retorno do futebol, o que implica em concordância e incentivo para que ele volte a ser jogado.

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Se as restrições sociais e empresariais voltarem (o que eu não acredito), é justo que os governantes não autorizem a volta do campeonato paranaense para o dia 15 de julho. Do contrário, o futebol pode deve sair do sofá.

Cronômetro

Sobre a coluna “A saída de Namur está cronometrada”, com base na proposta do site COXAnautas, escreve-me o seu editor-chefe Ricardo Honório.

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Esclarece que o objetivo da proposta não é de apoio ao grupo de Follador, mas de “levar ao torcedor Coxa o máximo de informações possíveis, no sentido de ajudá-lo a escolher o próximo presidente do clube.”

Diz mais Ricardo que a ideia do cronômetro foi implantada desde a desclassificação do Coritiba na Copa do Brasil.

Agora eu é que escrevo: sem tomar partido, a ideia do cronômetro para contar os dias, as horas, os minutos e os segundos que faltam para um cartola ir embora, é excepcional.