Até nas contradições o Athletico é o maior.

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Para marcar os 20 anos da Arena da Baixada, convocou a sua torcida, desligou o sistema biométrico, cobrou um troco pela entrada (R$25) e convidou o tradicional Cerro Porteño. Mas, daí, mandou para campo um time deformado, com Robson Bambu, Márcio Azevedo, Marcelo Cirino e Bruno Nazário. Tamanho desrespeito com os oito mil torcedores, teria mesmo que ser castigado. Resultado: Cerro 2×0 e o Furacão vaiado. Dirão que são os jogadores que tem o Athletico. É aí que surge a causa do tema. Tem Lucas Halter, Lucho González e Nikão.

A última imagem que se tem do time é a da derrota para o Goiás. Nela, há fortes traços de que se operaram os seus limites. Se dia 10 de julho joga contra o Flamengo, o Furacão tinha contra o Cerro a oportunidade de começar a encontrar respostas para os seus problemas. E, aí, o treinador Tiago Nunes começa a ter compromisso com essa fase de incerteza. O caráter amistoso do jogo não afastava das suas obrigações, a de moldar o time de acordo com o que, se presume, dele vá se exigir daqui dez dias.

É razoável presumir que Robson Bambu, Bruno Nazário e Marcelo Cirino não serão escalados. Com Halter, Lucho e Nikão, era uma oportunidade de criar situações em busca de compensações táticas pela falta que fará Renan Lodi, já em Madri. É inexplicável, que logo Tiago Nunes, cheio de bom senso, tenha jogado fora a oportunidade de alinhar o Furacão que jogará contra o Flamengo.

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Como o futebol não opera milagres, o Athletico que irá jogar a Copa do Brasil só será diferente no ânimo. De resto, o torcedor que não espere muita diferença daquele que tomou um porre na festa e esqueceu dos convidados.

Decadência

Seja quem for o campeão, essa Copa América já se transformou na prova definitiva da decadência do futebol sul-americano. Em estado de pobreza técnica e individual, nossas bandas não passam de satélites que, ainda, conseguem jogar um pouco de luz no futebol europeu. Não há esperança de que Brasil, Argentina, Chile e Peru nas semifinais consigam mudar essa ideia.

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A péssima Argentina provoca uma esperança nos brasileiros.

Não se enganem. O Brasil de Tite vende mais ilusões pela locução de Galvão Bueno, do que pelo que pelo jogo de Coutinho, Casemiro, Daniel Alves, Firmino e Jesus.