Dois Irmãos

Como serão das tardes de domingo na televisão, em Curitiba, sem jogos de Atlético e Coritiba? E se a Globo, como a empresa prestadora de serviços de comunicação mais importante do Brasil causará uma grande frustração em mais de um milhões de torcedores do Furacão e Coxa? Há quem afirme que a Globo não terá prejuízos materiais. Concordo, porque nosso campeonato estadual é segregado aos limites das cidades representadas. Mas a prestação de serviço de comunicação não se encerra no ganho financeiro da empresa, mas, também, no benefício social e cultural que provoca. Não se culpe Atlético e Coritiba, independentemente do valor que propõem para ceder os seus direitos. Não recusam apenas pelo valor nominal oferecido, embora seja inexpressivo. Estão certos, também, pela forma como se propõe: é tudo ou nada.

Embora não seja essa intenção, mas há uma desigualdade de tratamento ao povo curitibano. Seria igual se os nossos dois clubes mais populares, integrantes da Série A, já com títulos nacionais no histórico, recebessem o mesmo tratamento que dá aos outros grandes centros mesmo que se adotasse uma regra proporcional. Se não pensa assim, não deveria sequer transmitir os jogos dos outros times, que, desesperados, obrigam-se sempre a aceitar o “nada”. Nesse estado que ficou, seria mais nobre, por ser mais compreensível e racional, que a Globo não transmitisse o estadual paranaense. Garanto que iria aplaudí-la. Mas sem Atlético e Coritiba na televisão será um campeonato sem vida. Será um desalento. Será um contraste causado por quem nos emociona todas as noites contando a história da obra de Milton Hatoum, com a técnica de filmagem jamais vista, na minissérie “Dois Irmãos”.

General

Não sou presunçoso, mas por ser mortal, tenho lá minhas pequenas vaidades. Quando Mario Celso Petraglia afirmou que era difícil a permanência de Thiago Heleno, pois o clube Deportivo Maldonado, do Uruguai, exigia 10 milhões de reais, concordei com o dirigente, no dia 28 de setembro de 2016, escrevi: “Os direitos de Thiago Heleno pertencem ao Deportivo Maldonado, do Uruguai. Thiago não jogou uma única partida por esse time. Talvez nunca tenha ido em sua sede. Quer dizer: os uruguaios usam um time de fachada para fraudar a lei geral da FIFA – e da brasileira em especial. Bem que Heleno poderia buscar na Justiça os direitos sobre o seu vínculo. Daí, os 10 milhões que os uruguaios estão pedindo ao Atlético seriam só do jogador. Fiquei sabendo que essa notinha despretensiosa caiu nas mãos de quem devia. Resultado: Thiago Heleno ganhou os seus direitos, e cedeu-os ao Atlético por quatro anos.

Equívoco

Desculpem o equívoco. O meia Galdezani vem para o Coritiba aprovado por todo o Departamento de Futebol. Quem o presidente Bacellar trouxe por seu risco, foi Daniel “Messi”, jogador dispensado por Rogério Ceni no São Paulo. Como o leitor pode observar, meu equívoco não foi tão grande assim: ao invés de “Zidane”, Bacellar trouxe “Messi”. Ontem, o conselheiro Ernesto Pedroso, que está à frente da montagem do time, praticamente acertou as vindas do atacante Henrique Almeida e do lateral William Matheus.