Desafios

As circunstâncias serão outras, ninguém pode duvidar. Mas, ainda assim, não houve nenhum atleticano que viu o Flamengo ganhar do Botafogo (1×0), pela Copa do Brasil, sem projetar o jogo de domingo do Furacão, na Ilha do Urubu.

Confesso que não me impressionei. Ainda que se admita que Flamengo venha jogar com a base titular e interessado neste jogo pelo Brasileiro, não encontro riscos para o Atlético maiores do que um jogo em circunstâncias normais.

O Atlético está no seu único bom momento no campeonato. Já ganhou quatro em seguidas certa vez, mas foram vitórias atreladas ao acaso, tanto que foram desconsideradas para a mudança de treinador.
É possível afirmar que ganhou uma estabilidade tática porque passou a adotar um jogo convencional, sem ser enganado pela aparência do domínio com a posse de bola.

O equilíbrio tático é tão objetivo, que só não rende mais certeza de vitória porque não é o bastante. Fosse ele completado por uma melhor qualidade individual do time, em especial se tivesse um único atacante lúcido, estaria entre os primeiros.

Sem esse atacante, a esperança é que o treinador Fabiano Soares, que já arrumou a defesa e o meio, consiga criar uma alternativa tática que supra a falta de um atacante. Não se exige essa solução do treinador, mas, às vezes, o improviso resolve.

Primeira decisão

O treinador Lisca, do Paraná, deve ter assistido em um dado momento da vida o filme “O primeiro ano do resto das nossas vidas”. Sete amigos que se formaram reunem-se para narrar o fim da inocência, os erros da adolescência, para chegar à idade adulta e encontrar o mundo real.

O roteiro pode até inspirar o Paraná a partir de hoje, contra o Juventude, pela Série B. Dependendo apenas de si, já com o direito ao erro integralmente esgotado, precisa ganhar. É a primeira decisão do resto de várias outras para tentar voltar à elite do futebol brasileiro.

Razão

O presidente Bacellar, do Coritiba, às vezes tem razão. Pelo menos teve nessa sua reação contra as criticas pela contratação de Cléber e Longuine. Irritou-se com a afirmação de que “se não serviram para o Santos, porque serviram para o Coritiba”.

Uma proposição como essa, como forma de critica, é burra. No caso específico, Cléber e Longuine estavam sem espaço no Santos não por lhe faltarem qualidade, mas por circunstâncias na composição do grupo.