Bons tempos quando a data da convocação de jogadores para a seleção brasileira provocava o ânimo do povo. Era precedida de sugestões e discussões passionais. Anunciada por um simples comunicado escrito, transformava-se em objeto de elogios e críticas. Era um acontecimento nacional.

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Há tempo, a convocação passou a ser mais assunto para ocupação de espaços de televisão do que de interesse do povo. É consequência da perda da identidade da Seleção Brasileira como paixão popular. Usada para render fortunas a dirigentes e empresários, murchou pela falta de ídolos.

Pode parecer contradição tratar de um tema que considero esvaziado.

Concordo. Aparente, sem dúvida. Mas no fundo, tenho uma explicação.

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O treinador Tite vai fazer a primeira convocação dos jogadores para a seleção projetando a Copa América. Confesso-me, no mínimo, curioso. Entre os convocados estará o menino Renan Lodi, do Athletico?

Há muito tempo, não tínhamos nem mesmo o direito de ter a expectativa pela convocação de um jogador que jogasse em nossos times. Pobre em revelações, pela absoluta falta de gerenciamento técnico nas categorias de base, nenhum jogador foi convocado para a pior versão do Brasil sub-20 que disputou a Sul-Americana.

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Renan Lodi é uma exceção. Descoberto nas olhadas do Trieste, o Athletico, em razão dos atributos naturais de jogador, o tornou, em um ano, o melhor lateral-esquerdo do futebol brasileiro.

Se o critério para a escolha for técnico, não há dúvida, Lodi será convocado. Se o critério para a escolha for a de mercado, Lodi será descartado. Dizem que Tite é justo e não convoca de acordo com a cara do freguês.

Novo presidente

A Justiça Desportiva suspendeu o doutor Emed, presidente do Athletico, por 360 dias. De acordo com a decisão, ele foi o responsável por não cumprir a ordem de abrir a Baixada para a torcida do Coritiba.

Os “magistrados” do TJD são mesmo covardes. Sabem que a representação do Athletico é apenas uma formalidade, e o único que tem chave para abrir e fechar a Baixada, é Mario Celso Petraglia.

Considerando que o mandato do doutor Emed termina no dia 31 de dezembro de 2019, o TJD arrumou um novo presidente para o Furacão: Márcio Lara. Do “laranjal” de Petraglia, é o mais maduro.