Pela Segundona, no Couto Pereira, 20 mil coxas, pagando R$ 10 cada, viram o Coritiba empatar com o Vitória, 1×1. Como a Segundona é uma selva sem lei técnica, não se analisa o jogo, mas apenas o resultado. O empate, quando a vitória é o único desejo, foi uma frustração. Nenhum dos coxas que foi ao Couto, descartava a vitória como única solução do jogo. Mas, o empate em um jogo de competição baixa para quem está na frente, bom resultado.
E o Coritiba era para ganhar. Fez um primor de 1º tempo: com estilo próprio para jogar uma segunda divisão, foi humilde e consciente das suas limitações técnicas. Foi paciente para jogar contra um Vitória retraído. Foi solidário para ocupar espaços e foi humilde para ser absolutamente aplicado na ordem de jogo. Marcou com Alano, bateu na bola em falta, que desviou na zaga baiana.
Se o tempo de um jogo fosse único, o Coritiba, talvez, não iria mudar essa ordem. Mas tem um intervalo, no qual, ensinava o fantástico húngaro Puskas, tudo pode acontecer para o bem ou para o mal. Ao invés de continuar sendo paciente, solidário, humilde e aplicado, o Coritiba desandou. Espalhado, desorganizou-se. Recuado, concorreu com as intenções do Vitória, que eram avançar as suas linhas e jogar pelos lados para alcançar o gol de Muralha. Já sob o domínio baiano, as coxas viram Lucas Candido empatar, 1×1.
O empate foi o resultado justo para um jogo de iguais. A impressão é que o Coritiba jogou pensando que já havia voltado à primeira divisão.
Fatos (quase) inusitados
O Paraná que havia esquecido de ganhar e Jenilson que havia esquecido de marcar provocaram fatos surpreendentes da rodada. Em Ribeirão Preto, contra o Botafogo, o Tricolor voltou a ganhar na Segundona, e com gol de Jenilson, 1×0. Se os fatos saíram do campo do inesperado, a vitória em si foi decorrente do bom jogo do Paraná. Já era para marcar no 1º tempo, no pênalti que João Pedro perdeu. Continuou dominando o jogo no 2º tempo, fazendo do gol de Jenison a consequência do justo.