Coisas de aldeia

O Coritiba, que surpreendia por jogar bem em Maceió, que ganhava por 2×0 do CSA, que iria conquistar a sua primeira vitória fora do Couto, que iria ascender ao grupo dos quatro, aos 95 minutos, que era o último segundo do jogo, quando se chuta para o lado, leva o empate, 2×2. E, assim, mais uma rodada se passa, e a zona de acesso à primeira divisão continua sendo um mundo desconhecido para as coxas.

Foi o árbitro, disseram poucos; foi a falta de malícia, disseram os outros.

Esse é o grande problema.

Ninguém vê, ou se vê não quer falar, que o motivo é a limitação do time, que por falta da mínima capacidade técnica e individual, é incapaz de garantir um resultado em cinco minutos.

É coisa já velha. É a inércia dos dirigentes para concluir que com esse time o Coritiba não volta à primeia divisão. Parece que só os coxas não têm consciência do significado de continuar mais um ano na segunda divisão.

Moeda virtual

O doutor Mário Celso Petrsglia reuniu a imprensa para anunciar que o Atlético está oferecendo um “negócio de gente grande”, possibilitando pessoas comuns a serem seus investidores através da compra de criptomoedas (bitcoins).

O doutor é mesmo surpreendente. É tão matreiro, mas, ao mesmo tempo, tão insensível, que é capaz de perder a noção das coisas e do tempo.

Não entendo de moeda virtual, não nego.

Mas, entendo que qualquer negócio, seja no mundo real, seja no mundo virtual, seja no Céu ou na Terra, na Lua ou em Marte, tem uma única base: a confiança. Sem a confiança na oferta, não há procura. Sem essa confiança, ninguém entra em uma instituição para fazer um negócio.

Petrsglia escolheu uma péssima hora para anunciar a parceria com os chineses. Se o mundo real do Atlético está perturbado e cheio de dúvidas, com o time ameaçado de ir para a segunda divisão, e a Baixada sob o risco de ir para leilão por falta de pagamento do valor da hipoteca, vale correr o risco der aplicar moeda virtual nos direitos do vínculo de Nikão?

Encontro

Lionel Messi e Cristiano Ronaldo carregam o mesmo motivo para se encontrarem no aeroporto Sheremetyevo Internacional, em Moscou: voltar para casa. Com Argentina e Portugal eliminados da Copa do Mundo, não têm mais nada o que fazer em terras russas. Bem por isso, sugere-se e incentiva-se a ideia de que Neymar ficou sozinho, sem competidor. As coisas não são bem assim. Neymar terá que jogar mais que Philippe Coutinho, e os dois terão que jogar bem mais que o menino francês Mbappé.