O notável Kevin Costner como Ray Kinsella, um fazendeiro já aposentado, busca lembranças dos seus ídolos de juventude, em especial do beisebol, para motivar sonhos. A tranquilidade da sua vida termina quando ouve uma estranha voz: “se construir ele virá”. Depois da estranha voz, Ray tem uma visão de um campo de beisebol iluminado, concluindo que esse era o campo que tinha que construir. Ao concluí-lo, Ray vê o ídolo de sua infância, Joel, se materializar nele. O astro pergunta se poderia trazer outros jogadores, e todos vieram. E jogando passaram a fazer do campo um depósito de lembranças e sonhos de Ray. O filme de Phil Alden Robinson, no “Campo dos sonhos”, ensina como os sonhos, às vezes, são importantes nas nossas vidas.

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Em Yokohama, no Japão, Real Madrid 4 x 2 Kashima. Os merengues são campeões do mundo. Foi inevitável: vendo o jogo, lembrei do Atlético, e, então, os meus sonhos e as minhas ilusões começaram a se revezar. O Furacão é algo extraordinário. Ele tem um campo de verdades, as quais conhecemos e com as quais convivemos, e um campo de sonhos cultivados pelas ilusões que criamos em razão da paixão rubro-negra.

Quando o Kashima, aproveitando-se do pouco caso como o Real lhe tratava, ganhava por 2×1, fui visitar o campo dos sonhos. Encontrei aquele procurava e que é o maior de todos: Atlético Paranaense, campeão do mundo no Japão.

Lembram como nasceu esse sonho? Para voltar à presidência do Furacão, em 2011, o doutor Mario Celso Petraglia prometeu, entre outras coisas, que o Atlético seria campeão do mundo em dez anos. A promessa virou um sonho, que ainda sentindo-se adolescente, recolhe-se quando provocado, como que lembrando: faltam cinco anos.

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Mas como gosto de sonhar com as coisas que amo, resolvi antecipar o futuro, e colocar o Atlético em campo no lugar do Kashima contra o Madrid. Perguntava-me a todo o momento do jogo: o Furacão faria menos que os japoneses faziam para perturbarem Marcelo, Cristiano Ronaldo, Kross, Benzema e Casemiro?

De repente, me envolvi tanto com o sonho, que confesso que parecia ter visões: era o Furacão de corpo e alma que ganha do Real (2×1) e que terminou o tempo normal com o empate (2×2) improvável. Nesse momento, o sonho retornou ao CT do Caju. Quando o Furacão saiu do campo, buscava o terceiro gol. O Kashima voltou para jogar a prorrogação e aí Cristiano Ronaldo fez mais dois gols, os que deram o título ao Real.

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Descanso

Vou sair de férias. Porque fico angustiado sem escrever, volto logo, dia 9 de janeiro. Aos leitores que gostam ou não gostam de mim, feliz Natal e um belo 2017.