Na Baixada, Atlético 0x2 Atlético-MG.

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A derrota não pode ser encerrada pelo simples destaque das deficiências táticas e individuais do Furacão. A derrota transcende o aspecto esportivo, escancarando um fato gravíssimo. Os atleticanos, ainda, não sentiram que está sendo deflagrado um processo silencioso de autodestruição do Furacão.

A cada jogo pelo tratamento desumano a que são submetidos, mais atleticanos deixam de ir à Baixada. Os que ainda vão, como se tivessem carregando um pote de mágoas, estão se transformando em meros expectadores. Para esses, a Baixada passou a ser apenas um lugar para passar as tardes de domingo.

A neutralidade da Baixada já não é mais em razão do cinza. A sua origem é na alienação dos torcedores, e é ai que está o núcleo da autodestruição do clube. Um do jogo na Baixada, é como se o Furacão estivesse jogando em outro planeta, pois a sua torcida parece com o sentimento de medo de enfrentar os rancores de Mario Celso Petraglia.

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À esse ambiente de violência emocional, soma-se um time desorganizado e mal escalado. Mais grave: sem alma, tratando o resultado como indiferente. O Furacão encarou o primeiro gol de Robinho como se tivesse recursos para reagir a qualquer momento. Desprezando que estava em vertigem, desorganizado e limitando-se aos chutes de Gedoz, apenas iludiu com uma pressão sem profundidade. Tomou outro gol de Robinho e continuou errante. Saiu de campo como se nada tivesse acontecido.

Pênaltis mortais

Um pênalti como aquele sobre Henrique Almeida na Fonte Nova, em tese, poderia ser causa para o Coritiba motivar mais um jogo sem vitória. Afirmo em tese, porque o time de Marcelo Oliveira há tempo usa dessas casualidades para justificar a falta de vitória.

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Em Salvador, foi um lance de pênalti que o árbitro não marcou.

Contra o Botafogo, foi o pênalti que Carleto perdeu.

Sempre há um fato que é valorado mais que o contexto, que prova a cada jogo as dificuldades que o treinador encontra para fazer o time jogar.

O empate (1×1) poderia até ser absorvido em razão das circunstâncias na Fonte Nova, contra o Bahia, que também está apertado entre os últimos. Mas esses fatores não podem ser considerados, na medida em que não ocorreu a evolução no seu jogo para compensar as carências individuais.

Bem resumido, o problema do Coxa não está na posição de penúltimo, mas absoluta lentidão com que Marcelo Oliveira atua para fazer o time jogar no mínimo o razoável.