Não pergunte se o Athletico jogou bem em Goiânia. Pergunte se o Athletico ganhou do Goiás. Ganhou, 1×0, gol de Kayser no 1º tempo.
Justifico, porque o limite de qualquer análise do Furacão é o resultado. Ir além é ir contra a sua natureza de um time sem qualidade técnica, e que até um dia desses, tinha um acadêmico improvisado como treinador. Afirmo até que o Furacão não jogou mais e nem menos do que vem jogando. Só ganhou em razão da influência pessoal do diretor técnico Paulo Autuori à beira do campo.
Sem ironia, e sem contradição, afirmo: foi uma grande vitória, porque qualquer coisa ao contrário, seria um desastre. Não pelos pontos que seriam perdidos, mas, pelo fato de que qualquer time que tenha a proposta de não ser rebaixado e que tiver que jogar em Goiânia, tem que ganhar do Goiás. Só para se ter uma ideia, o lanterna tem entre outros, Fernandão, Chico e Rafael Moura, que no inicio desse século, jogaram pelo Furacão.
O Athletico ganhou em razão da experiência de Paulo Autuori. Consciente que o Goiás jogaria avançado, mandou lançar bolas para Carlos Eduardo correr pela esquerda e lançar Kayser. Na primeira jogada, saiu o gol. Uma ou outra oportunidade, como a de Carlos Eduardo na etapa final, mas mais nada de especial. Com um meio de campo sem nenhuma qualidade, o Furacão acabou submetendo-se ao domínio do Goiás na etapa final. Se não sofreu o empate, foi porque o time goiano é bem pior.
Agora, de 18 partidas, o Athletico precisa ganhar sete para não correr riscos. Lembro que, em 1971, precisando ganhar sete partidas para ganhar o turno do Estadual, o Furacão ganhou as sete.
Não estou fazendo comparações, mas aquele Atlético tinha Picasso, Claudio Deodato, Di, Alfredo e Júlio, Sergio Lopes e Valtinho, Buião, Sicupira, Ademir Rodrigues (Tião Kelé) e Nilson Borges. Desculpe, o leitor. Lembranças me fazem bem.
Quanto custa um voto na eleição do Coritiba? É o meu próximo tema.