A prudência desprezada em tempos felizes, adquire força vital, é a lição do filósofo Roberto Romano. O Coritiba perdeu para o CRB (2×0) porque a melancolia dos jogadores foi maior que a sua mediocridade. Foi a lição maior e definitiva de que o histórico clube conseguiu reunir tudo o que a prudência não permitia: um técnico inexperiente, um gerente de futebol que só pensa em si, um presidente que evoca uma coleção de juízos e sinônimos, e o mais grave uma torcida resignada e complacente, que parecendo ter perdido a autoestima, deixa o Coritiba ser desprezado como necessidade natural de uma parte da sociedade.
Samir é um cartola que deveria ser interditado pela incapacidade de praticar atos no futebol. Mandou embora o goleiro Wilson para economizar R$1 milhão, aumentando o risco de perder R$ 70 milhões da Globo e da TNT. Sem lucidez para concluir pelo óbvio, mantém Pastana que vicia o ambiente de vestiário. Precisando de um técnico que tenha história para contar, está atrás de Lisca, que Pastana demitiu no Paraná por ser louco.
E, assim, Samir vai gerando efeitos devastadores. Há coxas que podem ajudar, mas não se aproximam, em razão da sua presença. Deveria demitir Pastana e ir embora. Assumiriam Paulo Roberto Baggio Pereira e Eduardo Bastos de Barros, que têm condições pessoais de sensibilizarem alguns coxas para salvarem a tentativa de voltar ao Brasileiro.
Há tempo, ainda. Mas, não pode ser amanhã.
Vítima do VAR
O Athletico iria ganhar do Vasco, em São Januário. Marcando com Madson (1×0), dominava o jogo. Mas, eis, que era um jogo no qual o Vasco teria que dividir as suas águas. Uma derrota, o devolveria para a luta contra o rebaixamento. Então, o árbitro gaúcho Daronco, usando o VAR e fazendo o papel da CBF, que é o de evitar o rebaixamento de um dos grandes, agiu. Bem por isso, viu pênalti quando a bola bateu no braço colado ao corpo de Rony (1×1). Já cansado pelos efeitos da festa do titulo da Copa do Brasil, o Furacão só não perdeu, porque Daronco ficou com vergonha de confirmar o segundo gol do Vasco, em razão da falta em Santos.