Opinião

Coritiba: ontem, hoje e amanhã

Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná.

Eis uma boa questão para qual os coxas me provocam: qual será a história do Coritiba a ser contada com a violência econômica do coronavírus?

A resposta obriga retornar a um fato certo recente: até dezembro passado, o Coxa estava na segunda divisão havia dois anos. E para voltar ao Brasileirão, obrigou-se a ir e esgotar o seu limite, que era vencer o Vitória, em Salvador.

No futebol, as hipóteses devem ser desconsideradas, concordo. Mas, quando são precedidas de um fato concreto, elas tornam-se um ponto de apoio para uma resposta.  

Então agora respondo: se o Coritiba não tivesse voltado para o Brasileirão, seria possível apostar que o seu amanhã estaria comprometido. Talvez, em razão da sua torcida, poderia ter um depois de amanhã.

Mas agora que lhe é possível o amanhã fundamento a resposta. Os seus conselheiros haviam recusado a prestação de conta das duas administrações antecedentes à atual diretoria. 

Esse fato também motivou a atual diretoria a defender as restrições no futebol e, ao mesmo tempo, buscar sanear o clube. Para voltar à primeira divisão, investiu mais no seu patrimônio maior que é a torcida subsidiando o valor do ingresso. A diretoria de Namur não criou um novo passivo, as obrigações exigíveis estão controladas, e há uma previsão de adimplência pela afirmação de que não pensa, agora, em reduzir os salários.

À essa altura, pelo que passou e pelo que está, já ter um amanhã é confortável. No mínimo criou condições para que não seja atropelado por fantasmas recentes.

Uma oração por Chica

Quando remeto o texto para tratar de pessoas que não integram o mundo do futebol, a nova geração de leitores entende que me afasta de temas específicos. Ocorre que, a começar pela minha, as gerações de jornalistas e radialistas só está no futebol em razão do exercício da profissão, também, pela paixão a um clube. A Associação de Cronistas Esportivos do Paraná sempre teve uma referência: Maria Francisca Klosienski, a Chica. Era uma época que nossa classe dependia da intervenção da associação para trabalhar nos estádios do futebol brasileiro. Não me lembro que Chica tenha negado uma solução. Era a solução.

Há anos enfrentando um câncer, agora, no Hospital Evangélico, Chica precisa de um auxilio: uma oração para que Deus lhe oferte o caminho definitivo que deve tomar. 

Rezemos por Chica.

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