Depois que futebol virou um grande negócio, surgiu um novo personagem que, às vezes, é tratado com a mesma importância do goleador: o analista de sistema financeiro.
Como na parábola bíblica existem os “filhos da erva daninha” (o joio) dos “filhos do reino” (o trigo) quando se trata de cartola, treinador e jogador, pois existem os sérios e os enganadores, com os analistas, também, há que se ter cautela, separando-os. A maioria faz o papel do cartola mal-intencionado. Por uma remuneração, interpreta os números contábeis de acordo com o interesse do clube.
Cesar Grafietti é um analista que na parábola bíblica seria “filho do reino”. Jovem ainda, residente em Milão, a sua opinião deve ser tratada como a mais importante nesse momento em que clubes tradicionais do futebol brasileiro estão em estado de insolvência.
Nunca tinha ouvido falar de Grafietti. Mas agora não só o ouvi, como o vi analisando os clubes do futebol brasileiro. No “Bola da Vez, da ESPN Brasil, respondendo perguntas de André Plihal e Mauro Cezar Pereira, jornalistas puros-sangues, deixou o futebol que foi já rei completamente nu.
E Grafietti concluiu o seguinte pós-pandemia: o Flamengo e Palmeiras, por terem dinheiro, Grêmio e Athletico Paranaense, por terem estrutura e gerenciamento, não irão só sobreviver, mas irão viver intensamente. Os tradicionais Botafogo, Fluminense e, em especial, o Vasco, correm o risco de não entrarem em campo em 2021. Do Coritiba não pode fazer previsão, pois o clube sonega até hoje o seu balanço contábil.
Essa conclusão ganha seriedade e importância, por ser Grafietti o responsável pela montagem do sistema “fair play” pelo qual a CBF pretende educar (e, depois, puni-los) os clubes a serem racionais no trato do dinheiro.
A base para concluir que o Athletico está entre os privilegiados foi o balanço contábil que não considera a divida com a Paraná Fomento pela construção do estádio. Então fica a dúvida: a conclusão Grafietti teria sido a mesma, se fosse considerado esse fato?
Com a venda de Bruno Guimarães e Bambu seria a mesma. Mas é preciso que o Athletico coloque o asterisco no seu balanço contábil, remetendo-o à CAP/SA.
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Exclusão
Atribuem ao Paraná a exclusão da Tribuna e da Gazeta do Povo como veículos de comunicação de suas atividades. Não é justo colar no Paraná a identidade de instrumento que usa para impedir o livre exercício da liberdade de imprensa.
Quem impede é o seu presidente Leonardo Oliveira, cujas deficiências pessoais sempre são escancaradas pelo uso do clube para viver uma vida de rico. É que ele sabe que logo irão ser escancaradas as razões pelas quais foi demitido de uma seguradora de plano de saúde.
O Paraná só tem culpa em um fato: não sabe que Leonardo irá embora sem apagar a luz. É porque não haverá mais luz.