Bem lembrando, falou Petraglia: “Meu caro sócio e torcedor, estamos todos no mesmo barco, infelizmente o vírus chinês nos pegou a todos! Se o Furacão não for apoiado, ajudado neste momento vai quebrar! Teremos longos anos pela frente para recuperar! No mesmo nível só que com a ajuda de todos! Sinto muito o CAP precisa de todos nessa hora de crise absoluta.”
Melancólico, solitário, amargurado e infeliz, está recluso na sua milionária propriedade de Campo Comprido. Enquanto isso, os torcedores e os sócios que, em sua maioria, sacrificam o próprio alimento para ver o Furacão jogar, estão temerosos de vir a ser responsáveis pela “quebra do Athletico”.
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Petraglia está explorando o único patrimônio que não conseguiu hipotecar e deixar penhorar, que é a paixão rubro-negra. Talvez, se pudesse, teria feito e a entregaria para ajudar a pagar a dívida da Baixada.
Uma simples equação aritmética prova que o cartola constrange a torcida e aos sócios, ao responsabilizá-los por uma “quebra do Athletico”. Parta-se dos 28 mil que estariam pagando em dezembro de 2019. Multiplicando-os pelo valor máximo de R$150, o resultado que se apura é de R$ 4,2 milhões.
Qual o significado desse valor, no universo financeiro que recebeu mais de R$200 milhões do mercado de jogador e de televisão? Se a prestação associativa fosse a fonte de renda absoluta com o poder de “quebrar o Athletico”, Petráglia deixaria de tratar os sócios como gado. De imediato, iria reduzir o valor nessa época de peste e, fazer uma nova regulamentação do sistema biométrico, permitindo o livre exercício do direito de uso, afastando-o atual que é ilegal, imoral e arbitrário.
Pois, digo aos sócios e torcedores do Furacão: pensem antes na família, e depois, façam o que têm que fazer, e o que for necessário como sócio e torcedor.
A marca Pugliesi
O doutor Vicente Pugliesi foi embora. Atleticano dos grandes, era da minha geração de advogados. Conservador, recusando o “copia e cola”, mantinha-se fiel a antigas lições. Como a de John Adams, o maior dos revolucionários americanos: os fatos são questões inflexíveis. Quaisquer que sejam nossos desejos e inclinações, ou a máxima das nossas paixões, eles não podem alterar os fatos e as provas”.
A sua petição inicial deveria ser usada pela nova geração como exemplo do poder de síntese. À família do doutor Vicente, a minha solidariedade.