Na Baixada, o Athletico joga contra o Bahia. E esse não pode ser tratado como mais um jogo como tantos que, ainda, serão jogados no Brasileirão.
A importância poderia ser limitada ao resultado em si, por força da condição temerária que o Furacão está na classificação. Há o risco que um novo fracasso coloque-o na zona de queda. Embora os números sejam inflexíveis, continuo teimando em acreditar que na sequência não adote providências para se recuperar e evitar um desastre. Às vezes pode-se sofrer, mas, com limites.
Entendo que a importância desse jogo deva ser ampliada para os aspectos técnico e tático. Jogar contra um time dirigido por Mano Menezes, em qualquer situação, mesmo sendo o tecnicamente frágil Bahia, exige mais do que um jogo natural.
Para ganhar, o Furacão precisa definitivamente provar que o ponto ao que chegou já é mais do que razoável para continuar tendo objetivos na Libertadores e voltar a ter objetivos positivos no Brasileirão.
Seria bom que Nikão voltasse. Com ele, o treinador Eduardo Barros poderia ordenar o time com um “falso 9”. Seria uma forma de compensar a inacabada formação dos ofensivos Pedrinho e Fabinho. Se o Athletico tivesse um atacante com boa qualidade (talvez, Renato Kayzer), seria possível chegar ao ponto nesse jogo contra o Bahia.
O que o Furacão não deve é fracassar e se contradizer a si próprio, depois da vitória sobre o Colo-Colo. Enquanto não sair dessa zona cinza em que está no Brasileirão, os próprios atleticanos devem suspeitar do time. Desconfiar de si próprio, às vezes, cria situações favoráveis.
No Maracanã
O Coritiba joga contra o Fluminense, no Maracanã, e deve levar o acaso na sua bagagem. O mesmo que concorreu para derrotar o Sport e o Vasco, no Couto Pereira.
Não significa afirmar que os seus poucos bons resultados foram alienados. Mas, é possível usar dessa teoria quando um time joga só pelos três pontos, como afirma o treinador Jorginho.
Contra o Fluminense, o Coritiba não deve ser melhor e nem pior do que vem sendo. Com Jorginho, qualquer time é previsível: joga atrás, esperando “por uma bola”. Essa bola é regra dos erros do adversário, e não das virtudes de quem a tem. O Fluminense, no Maracanã, não anda errando muito.
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