Opinião

Se a ausência de Dorival é a causa das derrotas, o Athletico está sem rumo

Walter voltou aos gramados contra o Fluminense. Crédito: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná

Se o treinador Dorival Junior não fosse excluído pela influência do vírus, e estivesse à beira do gramado, da Baixada, em especial, o Athletico teria perdido como perdeu, em sequência para o Santos (1×3), Palmeiras (0x1) e Fluminense(1×0)?

Essa questão é necessária a ser enfrentada para se fazer uma melhor reflexão sobre a indulgência técnica desse Furacão que está jogando o Brasileiro. 

Para uma conclusão justa, é preciso retroceder aos fatos anteriores a pandemia. Irá se lembrar de que o time com Dorival já estava perdendo a configuração tática e o estilo de jogo que foram adotados como padrão no CT do Caju, a partir do seu grande mentor Paulo Autuori.

Como no Brasileiro, ao contrário de Atletiba, em Estadual, só se joga com a razão, as consequências dos erros de comando acumuladas de janeiro a julho explodiram em agosto. 

Bem por isso, afirmo: se existisse um trabalho com substância, não seria a ausência de uma semana do treinador, que iria fazer com que o Furacão perdesse três partidas em seguida, sendo duas na Baixada, fato pouco comum nos últimos anos.

Ao contrário, se a ausência de Dorival é a causa para as derrotas, o Athletico está mesmo sem rumo. Não é razoável que a ordem de um time se esvazie em sete dias.

Vitória do Coritiba e da humildade de Mozart

 Em Bragança, o Coritiba, que só perdia há cincos jogos, vejam só, ganhou do “novo rico” Bragantino, 2×1. 

E não uma vitória casuística. O interino Mozart teve a humildade que Barroca não tinha: conscientizar o time dos seus limites técnicos. Assim, resignado com as suas limitações, o Coxa jogou fechado e em contra-ataque. Virou o jogo e o controlou sem grandes traumas.

Agora é com Jorginho. Talvez, volte o problema no Couto Pereira.

Neymar, nascido para perder

O Bayern derrotou o PSG por 1 x0, em Lisboa, e ganhou mais uma Liga dos Campeões. Mais uma vez Neymar fracassou no momento de decidir. Sem carisma e sem personalidade, sentiu o peso de uma final.

Ao contrário de Romário, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Kaká, Neymar nasceu para perder.

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