Assim falou Petraglia (Parte 2)

Foto: Albari Rosa, Arquivo Gazeta do Povo

Bem lembrando, falou Petraglia: “Meu caro sócio e torcedor, estamos todos no mesmo barco, infelizmente o vírus chinês nos pegou a todos! Se o Furacão não for apoiado, ajudado neste momento vai quebrar! Teremos longos anos pela frente para recuperar! No mesmo nível só que com a ajuda de todos! Sinto muito, o CAP precisa de todos nessa hora de crise absoluta.”

Pensei e conclui: o apelo do presidente do Athletico, em razão das circunstâncias, constrange a torcida.  E, o ato que busca benefício provocando o sentimento alienável da paixão do torcedor, é desonesto.  Então, estou convencido: ao transferir a responsabilidade à torcida e aos sócios de uma “quebra do Athletico”, Petraglia, enquanto presidente, está sendo desonesto com a torcida e os sócios.

Leia também: Assim falou Petraglia (Parte 1)

Seria um apelo razoável, portanto, e com uma interpretação de boa vontade, se fosse instruído com a prova de que está fazendo o seu papel de presidente sério.  E, a prova, embora fosse em todas as épocas, mas, em especial, nessa época de peste, é a que já reduziu e vai continuar reduzindo as despesas milionárias do Furacão.  

O que Petraglia fez até agora?  Suspender o pagamento do direito de imagem foi mera aplicação temporária da lei.  Por isso, esse fato não conta na redução de despesas.   

Quando apela para o sentimento da torcida e dos sócios, Petráglia tem que provar que suspendeu a sua remuneração e a de todos os executivos que incham a estrutura do Athletico, muitos como um “cala boca”.  

Se pretende que os sócios e a torcida evitem a “quebra do Athletico”, Petraglia, que se apresenta como o grande inovador do futebol brasileiro, teria de abrir o portal da transparência no site oficial.

Excluindo os jogadores, porque a publicidade dos seus ganhos pode influir em um mercado prostituído, embora tenha feito em campanha eleitoral, teria que listar nome e salário, de quem presta serviços, direta ou indiretamente ao Furacão.

Com certeza, irá negar essa providência, sob o pretexto de que o Athletico é uma associação privada. Se a sua negação for por esse argumento, então o caso torna-se mais grave:  Petraglia já não é a “mente” da antiga.  

Não se pode negar a transferência ao povo que é provocado para não permitir a “quebra do Athletico”.   

Eu temo, fico assustado, quando leio Petraglia colocar hipóteses, mesmo que remotas, na “quebra do Athletico”.  Não há como não associar com a quebra da INEPAR, a sua empresa. 

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