Por José Carlos Moraes
As janelas do conhecimento encontram-se abertas para todos e a cada avanço tecnológico, novas descobertas, isto se amplia com novas plataformas e as novas possibilidades, facilitando a interação para todos que queiram. O Brasil é um país muito diverso, mas possui características em seu povo que integram a todos sendo a alegria, simpatia e o acolhimento.
A religião também contribui para a inclusão social e possui projetos sociais que visam a transformação e a mudança de realidade na vida das pessoas. Claro que para tal façanha, pessoas com capacidade de observação no modelo fazendo curvas são essenciais para grandes feitos.
Eu acredito que planejar uma cidade tal como foi Brasília, constituiu um grande feito, mas claro, falamos de Oscar Niemayer, a qual possuía os saberes da arquitetura e os ensinos oriundos do ensino superior e ainda, tudo isto aliado ao seu talento que evoluiu através do tempo. São pessoas assim que fazem a diferença, tem disponibilidade para aprender, conhecer, observar, evoluir; e ainda mais, enxergar com uma visão que atravessa obstáculos e vê a obra pronta, antes de sair do projeto.
No Brasil, o povo se acostumou com as igrejas católicas ocupando os principais locais das mais variadas cidades, ruas e escolas com nome de padres e religiosos católicos. Porém, certa feita um general da marinha francesa, cristão protestante, saiu da França em 1612, com um contingente de 500 homens; uma caravela e duas naus, com destino ao Brasil para um grande trabalho: instalar uma colônia francesa em terras tupiniquins.
Este homem merece grande destaque, pois é o fundador de uma capital brasileira: São Luis. Trata-se de Daniel de La Touche, detentor do título de Senhor de La Ravardière, líder da fragata francesa que em 1612 veio para colonizar o norte do Brasil, e uma homenagem recebida se faz presente em frente ao Palácio sede do governo na cidade de São Luis, o busto deste grande general, além de muitos outros aspectos ligados a colonização francesa presentes na cidade. Um protestante que fundou uma capital em solo brasileiro.
Naquele tempo, navegar em alto mar era uma aventura sem tamanho, e não havia a certeza de que se chegaria a um destino, tão grande era o desafio de navegar em alto mar. Certamente que este grande general não tinha a mínima ideia do tamanho feito que estava a realizar e que a fundação desta cidade representaria para o Brasil 400 anos mais tarde.
Histórias contadas sobre aventuras bem-sucedidas ou não, merecem uma análise de como nos encontramos quando temos uma missão que nos foi confiada por alguém. Por vezes, pessoas enxergam obstáculos em primeiro momento e já desistem de imediato. Outros já mais ousados pensam diferente e dizem. Que oportunidade incrível!
Assim, preparação é necessário para suplantar obstáculos, traçar o objetivo e onde se pretende ancorar para atingir o objetivo. Que tal sair do comodismo e embarcar em uma nova descoberta?
José Carlos Moraes é Teólogo e Professor do curso de Licenciatura em Ciências da Religião da área de Humanidades do Centro Universitário Internacional Uninter.