Ao longo de toda a história, as civilizações sempre manifestaram a sua atividade criativa por meio de formas culturais. Os melhores exemplos são a arte, a linguagem, a literatura e a ciência – meios pelos quais o ser humano exprime a sua capacidade de se renovar e inovar, se adaptando às necessidades e em busca de novas respostas para novos problemas.

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A procura do ser humano pela inovação é, e sempre foi, um ponto fundamental para o desenvolvimento criativo. Com o compromisso de caminhar em direção ao futuro, ele supera, completa e aprofunda os conhecimentos e as informações obsoletas, não mais suficientes para fazer frente às emergentes necessidades.

Em um equilíbrio entre a tradição (que representa sistemas de referência, conhecimentos e a história) e um olhar para frente, no diálogo entre passado e presente, antigo e atual, a reflexão sobre inovação toca e envolve a todos. A palavra inovação, etimologicamente, deriva do latim innovatio e novus e significa a mudança da ordem pré-estabelecida das coisas, a fim de criar outras novas.

Em 1911, em sua Teoria do Desenvolvimento Econômico, o economista Joseph Schumpeter descreveu o conceito de inovação e a introduziu como um ato criativo que insere o “novo” em algo que pode ser “útil” no mercado. Foi ele que marcou a passagem da invenção para a inovação. Se no passado esse conceito se limitava a produtos e serviços, atualmente abrange também os aspectos organizacionais e de comercialização, além de aspectos culturais e psicológicos ligados ao tema.

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A inovação ocorre quando algo novo é introduzido em um sistema já existente e esses dois elementos são combinados, em busca de uma mudança para obter um novo sistema – um sistema é algo que pode ser constituído por vários elementos unidos, que interagem entre eles, com determinados padrões e regras para conseguir um fim.

As empresas são sistemas de múltiplos elementos, que cooperam para atingir um objetivo. Hoje em dia, devido à crescente competitividade, a inovação para as empresas não é mais uma fase limitada no tempo, mas um suporte contínuo na vida dessas organizações. Não como um processo casual ou de sorte, mas como resultado de atividades específicas que exigem esforços e comprometimento.

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Em síntese, podemos focar o processo de inovação em três fases:

Primeira fase: a análise atenta do sistema a ser inovado. A observação, por si só, não produz resultados operativos. Ela deve necessariamente seguir uma estratégia de ação;

Segunda fase: a elaboração da estratégia a ser utilizada. Isso permite que todos os colaboradores sejam informados e compreendam os objetivos da estratégia. Assim, eles se sentem protagonistas da concepção dos resultados desejados;

Terceira fase: operacionalização da estratégia, plano operativo de ação. Nesta fase, entre a elaboração e a operacionalização, é necessária muita atenção para identificar e determinar com precisão os instrumentos, os meios e as competências necessárias para concretizá-las.

A palavra inovação nos faz pensar em progresso, modernidade, crescimento, tecnologia, porém o conceito se transpõe para todos os contextos da nossa vida – e não só ao tecnológico-empresarial. A inovação se baseia na consciência de que tudo está em contínua transformação e de que nós precisamos interagir com as mudanças e as novas exigências, sem sermos passivos, mas de forma a conduzir as novidades e a utilização dos conhecimentos para o nosso aperfeiçoamento e evolução. Sem dúvida, o caminho da humanidade está orientado, em constante referimento e de mãos dadas com a inovação.

Eduardo Shinyashiki é mestre em neuropsicologia, liderança educadora e especialista em desenvolvimento das competências de liderança organizacional e pessoal. Com mais de 30 anos de experiência no Brasil e na Europa, é referência em ampliar o poder pessoal e a autoliderança das pessoas, por meio de palestras, coaching, treinamentos e livros, para que elas obtenham atuações brilhantes em suas vidas. Mais informações: www.edushin.com.br