As instituições financeiras disponibilizam diversas opções de produtos e serviços aos seus clientes. Uma das modalidades mais utilizadas por esse público é o crédito, solução que consiste em tomar recursos hoje para quitação no futuro, acrescidos de um fator de correção: os juros.
Apesar de funcionar como um apoio financeiro para as mais diversas situações – desde um desencontro momentâneo de suas contas a pagar e o que você tem a receber -, o crédito resultará em impactos financeiros no orçamento. Por isso, é importante ponderar alguns aspectos antes de tomar o recurso pretendido.
Por se tratar de uma operação na qual o mutuário acaba pagando juros e mais o valor tomado dentro do prazo previamente acordado com a instituição financeira, há algumas variáveis fundamentais a serem analisadas antecipadamente. A primeira delas é a identificação da necessidade que o crédito irá suprir e o produto mais adequado para isso.
Geralmente, os empréstimos – operações sem destinação específica e sem garantias vinculadas – como, por exemplo, o cheque especial e o crédito pessoal, possuem taxas de juros mais elevadas e prazos mais curtos. Já os financiamentos – operações com destinação específica e com garantias reais vinculadas – como, por exemplo, o de veículos e o imobiliário, possuem taxas de juro mais baixas e prazos mais longos.
A segunda variável consiste em analisar a sua capacidade de pagamento dentro das condições acordadas. É fundamental simular o valor da prestação que melhor se encaixa na sua situação financeira.
Faça simulações detalhadas e realistas, de maneira que você encontre a opção de crédito com a parcela mais adequada ao seu orçamento. É importante cuidar desse aspecto para evitar aqueles produtos com taxas elevadas como o cheque especial, que quando utilizadas por um prazo muito longo pode comprometer as suas finanças pessoais.
A terceira é a avaliação da taxa de juros, que pode ser pré-fixada ou pós-fixada. Na taxa pré-fixada, os juros são pré-definidos e o “preço” da operação não se altera durante a sua vigência. No caso da taxa pós-fixada, uma parte do “preço” é fixa e outra, variável, representada pelo indexador.
O mais utilizado é o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que flutua de acordo com a taxa básica de juros, a Selic. Em um cenário de queda dos juros básicos, a opção pela taxa pós-fixada torna-se mais interessante; por outro lado, em um cenário de alta dos juros básicos, a escolha pela taxa pré-fixada constitui uma decisão mais coerente.
Enfim, a escolha da linha de crédito vai depender muito dos seus objetivos, sua capacidade financeira e da definição de taxa de juros e prazo de pagamento das obrigações contraídas junto à instituição financeira que você se relaciona. Por meio desta análise e do apoio do gestor de sua conta, você poderá encontrar a solução de crédito mais adequada às suas necessidades.
Elenilton Souza, gerente de Desenvolvimento de Crédito do Banco Cooperativo Sicredi.