“A Luz da fé em meio a dor”; a dor e a fé de Ruth Moreira, mãe da “Rainha da Sofrência”

Marilia Mendonça e a mãe, Ruth Moreira. Foto: Reprodução / Instagram.

Por Fernanda Korb*

Diante de fatos recentes, a morte de uma jovem e consagrada artista, que causou um levante de comoção popular, salta aos olhos a manifestação da mãe, Dona Ruth, usando poucas palavras, mas que possuem profundo significado: “Deus me deu, Deus tirou, bendito seja no nome do Senhor” (Jó 1:21). Essa senhora, em meio a tanta dor, nos dá um chacoalhão e nos faz parar para repensar a quantas anda a nossa fé.

A demonstração de resiliência na aceitação nos planos de Deus, só pode ser fruto de uma fé desenvolvida, de uma mulher que lapidou e construiu um relacionamento de confiança total e de muita intimidade com Deus.

Aceitar e viver a dor da morte de uma filha, na hora que Deus quer, sem questionar, é prova irrefutável de que ela vive a confiança e o abandono filial de uma criança que caminha com o Pai sem hesitar, acreditando que a alegria que viverá na eternidade, nada será frente aos 26 anos de vida e, tampouco, ao tempo que julgamos que a vida de uma pessoa deveria ter.

+ Leia também: Fãs acampam em Goiânia para despedida em velório de Marília Mendonça

Pois a morte é um fato, e ela não deveria nos assustar, somente as circunstâncias. Essas sim, tão incompreensíveis aos olhos do mundo, em um momento tão errado, em meio a tanto sucesso, antes de tantos sonhos, planos e projetos realizados, antes do filho crescer, antes do amor viver, antes da mãe morrer. Enigmática, assim como a fidelidade de Jó a Deus, mesmo depois de tantas provações e dor, a lealdade dele era incompreensível à sua esposa.

Imediatamente me pergunto: De que fé eu me vanglorio ter se ela não for porto seguro, âncora de segurança, calma na tormenta, esperança nos momentos de dor e provação?

Preciso da fé que é forte, que tem raízes profundas, uma fé que de frutos da confiança, que me faz fortaleza, me alcança e me salva do abismo da desilusão.

Que eu busque ter uma fé realmente frutífera, que aguente ser forjada no fogo, como o ouro e a prata, que eu tenha como exemplo a fé de Jó, que eu aprenda a ter a fé de Ruth.

* Fernanda Korb é católica apostólica romana, esposa, mãe, catequista e estudiosa autodidata de sua fé. Formada em Administração de Empresas e especialista em gestão empresarial e comportamento organizacional.


Voltar ao topo