Porque tantos lutadores estão caindo no doping?

Saudações Amigos. Quem acompanha os acontecimentos sabe que recentemente vários lutadores do UFC têm sido pegos em exames antidoping, ou tidos problemas em relação a isso. Vamos analisar: existem mais de 600 substâncias que podem ser consideradas como doping nos esportes em geral. É tudo aquilo que pode oferecer vantagem de fora ou ajudar o atleta de alguma forma que somente seu organismo com alimentação e treino não conseguiriam.

No caso dos lutadores Belfort e Sonnem, a substância encontrada foi o hormônio Testosterona, que é o responsável por mais de 80% dos resultados positivos deste tipo de exame dentro do circuito do UFC e outros grandes eventos internacionais. Muita gente critica esses atletas, ou os chama de trapaceiros. Porém antes de mais nada é preciso saber o porque os atletas estavam usando testosterona mesmo sabendo ser doping.

Ela é o hormônio masculino (mas que também está presente nas mulheres, porém em pouca quantidade) responsável pela força, agressividade e libido. O próprio corpo já produz a quantidade certa, mas é lógico os atletas começam a usar uma quantidade maior. Com o tempo de uso seu próprio corpo para de produzir por si próprio, e necessita da reposição hormonal para o resto da vida, o que é chamado de TRT (Terapia de reposição de Testosterona). Pois bem, a maioria desses lutadores que hoje possuem mais de 35 anos provavelmente já iniciaram o uso da testosterona até antes dos 20 anos. Naquele tempo era normal e os grandes eventos como o Pride não tinham exames de antidoping.

Porém existem duas formas de fazer o exame: A mais usada é verificar a produção do atleta e comparar com uma pessoa normal da mesma idade peso etc. Se tiver numa quantidade maior que não poderia variar tanto naturalmente, então esse atleta reprova.

A outra forma é verificar se existem traços do uso de qualquer quantidade de testosterona que tenha sido usada, independente do quanto está produzindo. Isso também parece ser bem correto, porém prejudica aqueles que precisam mesmo usar esse hormônio pelo fato de não produzirem mais. E nessa categoria se enquadram boa parte desses atletas que devido aos abusos anteriores hoje não produzem tanto e precisam dos remédios para serem iguais a uma pessoa normal.

A Comissão Atlética de Nevada tem tratado estes casos com o segundo exemplo. E aí está a causa dos problemas desses atletas, que já tinham permissão das outras comissões para usar o tanto necessário para ficarem normais (TRT).

Alguns podem dizer “bem feito” porque se usaram tanto agora não podem mais. Mas se a reposição existe é para algum fim. Da mesma forma que a insulina: quem não produz pode aplicá-la. Então porque não tratar a testosterona como questão de saúde? E a partir que começa a ficar maior que uma pessoa normal trata como doping, assim como fazem boa parte das federações nos esportes que possuem esse tipo de controle.