Foi notícia essa semana que o lutador de MMA do UFC Antônio Pezão foi flagrado no exame antidoping realizado pelo UFC, maior evento de lutas da atualidade. Pezão afirmou que após constatar que sua taxa de testosterona estava baixa, foi aconselhado por seu médico a repor esses hormônios. O problema é que parece que eles subiram mais do que o normal e permitido, e isso foi motivo de nove meses de suspensão sem lutar e foi retirado o prêmio de mais de 100 mil reais que ele tinha ganhado numa premiação do evento.

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Ocorridos desse tipo têm sido cada vez mais frequentes entre lutadores desse tipo de  evento. No começo do ano quem foi pego foi o lutador Thiago Tavares e um pouco antes o lutador Toquinho. Entre os nomes dos que também já foram pegos encontra-se Vitor Belfort, Hermes França, Royce Gracie, Thiago Alves, Thiago PitBull e Cris Cyborg.

Mas por que todos esses atletas procuram aumentar seus níveis de testosterona? Porque a testosterona pode deixar o atleta mais forte, mais resistente, e na luta até mesmo mais ágil e agressivo. A reposição hormonal existe para aqueles que produzem pouca quantidade desse hormônio naturalmente, então os médicos fazem exames para constatar o quanto está e o quanto falta, e em cima disso prescrevem a dose certa desses medicamentos. Isso se chama reposição e modulação hormonal.  

Em pessoas com níveis normais desse hormônio, tomar quantidades maiores melhora a força e aumenta os músculos, porém existem os efeitos colaterais conhecidos por todos. Como os atletas hoje em dia são pressionados a treinar cada vez mais para ter o melhor rendimento, muitos deles recorrem a tomar esses hormônios indiscriminadamente e sem acompanhamento médico. Essa prática geralmente é conhecida por “tomar bomba”.

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Os que possuem mais condições financeiras procuram os médicos que tentam deixar a quantidade desse hormônio numa quantidade semelhante à que existia quando jovem e dessa forma não existem tantos efeitos colaterais. Mas como disse anteriormente às vezes os atletas, sem os médicos saberem, ou alguns médicos mais destemidos e descomprometidos com a saúde do atleta, acabam prescrevendo doses muito maiores desses hormônios e substâncias, e antes do evento tentam limpar o corpo. Quando essa estratégia de limpeza falha e os exames acusam uma quantidade muito maior que o normal, o atleta recebe a punição de sua devida federação esportiva ou pode até ser banido para sempre, como foi o caso do ciclista Lance Armstrong.

Antigamente, sempre aliado a fisiculturistas, os casos de doping hoje não se multiplicam apenas no MMA, mas também em outros esportes, como no atletismo. Nesse ano Asafa Powell, velocista com várias medalhas de ouro da Jamaica, e também no futebol o meia Carlos Alberto, após a final da Taça Guanabara no começo desse ano.

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Se isso acontece mesmo com esses atletas profissionais e com acompanhamento médico, imagina com os atletas amadores sem condições e sem informações de todas as modalidades que existem. Por isso se esse assunto fosse melhor discutido e não tão  recriminado talvez isso não aconteceria tanto. Estamos aí pra isso.

Grande abraço.