Saudações amigos leitores. Estamos em pleno feriado da Páscoa. Na verdade passamos pela “Semana Santa”, que culmina no feriado da Páscoa. Vim do interior do Paraná, de uma pequena cidade chamada Lapa. Nesses lugares a tradição é muito forte, de forma que as pessoas ainda vivem realmente toda a “Paixão de Cristo”. Quando eu era pequeno, lembro que a Sexta-Feira Santa era silenciosa, não existiam muitos barulhos na cidade, não se faziam festas.

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Atualmente aqui na capital e em qualquer cidade grande, boa parte das tradições religiosas e culturais desapareceram, e as gerações já não vivenciam mais o mesmo simbolismo exterior e interior da mesma forma que seus pais. Agradeço a Deus por ter sido criado dessa forma, e de ter meus pais ainda vivos, de forma que eu ainda possa ir na missa de Páscoa no domingo com eles.

Estou falando um pouco da minha vida pessoal para compartilhar com o leitor que hoje quando sentei para escrever, parece que apesar do barulho da cidade, minha alma ainda permanece em silêncio, mais resignada a contemplação interior, como quando eu era criança, e ficava observando o “santíssimo” na igreja na Sexta-Feira Santa, um Cálice dourado que continha o “corpo e sangue de Cristo”.

Então hoje (escrevo um dia antes) eu não poderia simplesmente escrever de dietas e treinos, malefícios do chocolate, etc. Hoje eu deveria escolher outro tema. E o tema que escolhi foi mandado por um leitor muito especial, o Tião do Jardim Social. Diferente de todos os outros leitores que escrevem com dúvidas de como emagrecer ou ficar forte, ele me escreveu pedindo para eu falar aqui brevemente quais são os prejuízos para a saúde de guardar mágoas e rancor no coração.

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No meu entender, quando guardamos uma mágoa e pensamos na dor que sofremos, o cérebro reage como se estivéssemos em perigo naquele momento. Ele produz substâncias químicas ligadas ao estresse, que limitam as nossas ações. A parte pensante do cérebro fica limitada, é quando agimos sem pensar para nos livrarmos da sensação de perigo.

Portanto, a mágoa consome muita energia, pois cada vez que contamos o que aconteceu, os mesmos sentimentos são desencadeados. O cérebro não sabe distinguir se aquela traição ou agressão aconteceu agora ou há três anos. Esses sentimentos desencadeiam reações físicas e produzem depressão, ansiedade, aumento ou diminuição excessiva de peso e os mais diversos males. Portanto, além de todos os outros motivos, perdoar também é questão de saúde.

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Há 2 mil anos atrás um homem morreu por falar em perdão. E não por fazer bem para saúde, mas por poder dar segmento a existência após a morte. Eu acredito nisso. E ainda preciso aprender a perdoar muito mais, pela minha saúde física e espiritual. Espero que você também partilhe dessa reflexão neste dia, independente de sua religião, pois essa é a única questão que pode ser e encontrada em todas, logo é a única verdade que realmente importa.