Bom dia meus amigos, grande satisfação poder compartilhar essas 500 palavras diariamente com pessoas que têm interesse e afinidade aos assuntos que nós tratamos aqui. Eu falo muitas vezes “nós” porque considero quem lê como um parceiro, um buscador, um questionador, exatamente como eu sou. Não ensino nada de novo, apenas compartilho as informações que tenho acesso, pois na convivência com tantos profissionais e em tantos livros e artigos científicos que já li, por muitas vezes eu pensava: “Nossa, como todo mundo tinha que saber disso!”. Então, escrever esses textos para mim é como retribuir de alguma forma a boa vontade de todas essas pessoas que compartilharam tantos conhecimentos valiosos comigo. Espero que você siga essa corrente e faça a mesma coisa com as pessoas que estão carentes desse tipo de informação e vivem ao seu redor.

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Hoje vamos começar a falar de um assunto muito importante, que na verdade até não sei por que não falei antes aqui. E da mesma forma que eu demorei pra perceber essa necessidade acredito que as autoridades e os agentes de saúde também estão demorando muito para tomar atitudes em relação a esse novo, porém grave problema de saúde pública que se tornou a questão da OBESIDADE INFANTIL.

Para entender o problema:

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos anos houve um aumento drástico do consumo de alimentos altamente calóricos e ricos em gordura, sal e açúcar, mas pobres em vitaminas, minerais e outros micronutrientes. Ao mesmo tempo, ocorreu uma queda na atividade física por causa da vida sedentária, mudança nos meios de transporte e facilidades da tecnologia, como nem precisar levantar do sofá pra trocar de canal.

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Enquanto os alimentos ricos em açúcar e gordura eram oferecidos às crianças somente em ocasiões especiais, hoje em dia passaram a fazer parte da rotina alimentar de muitos meninos e meninas, e andar a pé ou brincar na rua deixaram de ser hábitos frequentes, pois foram substituídos por televisão, videogame, computador e andar de carro. A ansiedade e estresse, onde a válvula de escape muitas vezes é comer em excesso, hoje tornaram-se bem mais frequentes entre as crianças.

O resultado dessas mudanças é verificado em estatísticas que apontam uma verdadeira epidemia de obesidade infantil. Segundo dados do próprio governo, em 2009, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos estava acima do peso recomendado pela OMS(Organização Mundial de Saúde).

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O reflexo aparece no diagnóstico cada vez mais frequente de crianças com doenças antes típicas de adultos, como colesterol alto, hipertensão e diabetes tipo 2, que resultam principalmente do estilo de vida inadequado. Tem crescido também o risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC) em idades precoces.

Agora que você já tem a idéia da dimensão e das causas desse problema, amanhã falaremos sobre como orientar os pais e o que fazer em relação a isso. Te espero!

Grande abraço