Bom dia amigos leitores. Hoje mais uma vez me junto ao coro de profissionais e agentes de saúde a qual eu represento aqui, para falar de assuntos considerados muito importantes e de extrema relevância e urgência.

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Mesmo com tanta informação e profissionais de saúde trabalhando em prol da melhoria da qualidade de vida da população, isso não está sendo suficiente para conter uma epidemia. A pior de todas as epidemias.

Uma epidemia de, como chamam os especialistas, “Analfabetos Funcionais em Saúde e Qualidade de Vida”. Ou seja, são os “Zumbis” da era moderna.

O Zumbi aqui representado é aquela pessoa que não conhece e não está nem aí para a própria saúde. Ou que até tem um pouco de informação e vontade, porém pela rotina, falta de tempo e dinheiro (que são auto-desculpas), nunca consegue fazer nada da mesma forma, e o que é pior, ainda se culpa mais do que aquela pessoa que nem está consciente disso.

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Sempre foi normal da humanidade se cuidar. Olhem nossos avós. Cházinho para curar isso, simpatia para curar aquilo… Muito conhecimento acumulado dos antepassados na alimentação saudável, a tão sonhada, famosa e cara alimentação orgânica de hoje em dia, era a rotina normal das pessoas daquela época.

Estamos hoje na segunda geração de “zumbis”. A primeira geração era dos Pais que foram criados num ambiente mais tradicional e saudável, mas por conta da vinda para a cidade, da revolução industrial e da padronização dos horários de trabalho, tiveram que mudar seus hábitos, tornando-se mais sedentários a medida que largavam os arados e enxadas, e passavam a trabalhar o dia inteiro sentados em escritórios ou repartições públicas. Não podemos os culpar porque fizeram o que era o certo fazer na época, e é assim até hoje.

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Só que hoje já estamos na segunda geração, os filhos desses pais de hábitos desgarrados. Isso quer dizer que isso torna a condição de “zumbi” pior ainda. Primeiro, porque não tiveram nenhum contato com atividades e trabalhos manuais na infância, da mesma forma que não tiveram contato com as comidas mais saudáveis. E segundo, porque nunca terão discernimento, e maturidade mental suficientes para saber dizer não as propagandas enganosas, de doces na infância, e álcool na juventude. Sabemos que nesse ramo a indústria pega pesado e infelizmente o Estado faz vista grossa.

Se movimentar na infância e comer bem são muito importantes, e é por causa de terem sido criados nesse ambiente mais saudável, que muitos adultos da primeira geração de “zumbis”  só agora  começa a ter problemas de colesterol alto e diabetes, por exemplo. Já no caso das crianças, essas doenças já começam a aparecer até mesmo antes dos 10 anos.

Para concluir, pedimos que não seja você também um Analfabeto em Saúde, esperando a próxima festa, enquanto não vê (ou finge não ver) a sua saúde pedindo ajuda. E se você é pai, tenho certeza que também quer o melhor para seus filhos. Grande abraço.