Olá amigos. Como bem sabem, sou um defensor da musculação. Trabalho para a IFBB,  uma federação reconhecida em mais de 180 países, e que regulamenta essa prática enquanto esporte competitivo, sendo a única reconhecida pelo COI. Por conta disso, tenho a grande riqueza de poder conviver com os melhores profissionais que trabalham com a musculação, aplicada na saúde, estética ou performance esportiva.  

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Portanto, tudo que falo nesta coluna, em relação a isso, ou qualquer outro tema, é fruto de muita metapesquisa, em colaboração com esse enorme corpo de profissionais, onde minha função nisso tudo é apenas passar informações coerentes e seguras, numa linguagem mais simples e menos científica, facilitando o entendimento do público não especialista.

Além disso, minha experiência de vida como atleta, e meu trabalho diário com eles, nas viajens, nas competições, fizeram toda a diferença na formação na construção de meu conhecimento. Porque conhecer apenas a teoria das coisas não é conhecer de verdade. O campo experimental é que valida e norteia, o campo da pesquisa e da produção do conhecimento. Portanto, desconfie daquele que não faz ao menos o básico, do que proclama que você deveria estar fazendo.

Na área esportiva há o mérito. Ou você dá resultado ou você não se cria.  Ou se você dá resultados, mas por métodos obscuros, com o tempo também cairá. A falácia, somada a uma pilha de certificados podem enganar o leigo, mas não aquele que começa a descobrir o seu atleta interior, onde sua sede de se autoconhecer aumenta cada vez mais.  Por isso mestre é aquele que vive o que ensina. Aprendemos isso nas artes marciais desde muito cedo.

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Voltando ao tema, a musculação tem se mostrado cada vez mais útil, conforme tudo que temos falado nos últimos dias. Além disso, é considerada uma prática segura, pelo fato de aparecer no final do ranking das atividades que mais lesionam. Pois aparece muito atrás de vôlei, futebol e basquete, pois são esportes de contato, com muitos deslocamentos laterais que acabam sobrecarregando ligamentos e articulações.

Já na musculação, cada plano e cada eixo é trabalhado apenas na sua linha de movimento natural e correta. Ao contrário do futebol, onde numa dividida de bola, o joelho pode receber uma forte pressão vinda de lado, o que pode danificá-lo, e muito. Na musculação não existe esse tipo de força contrária em nenhum momento Mas isso não quer dizer que os problemas não aconteçam, e é bem comum alguém da roda de amigos já ter se machucado puxando ferro.

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Uma lesão na academia pode ser algo bem grave, já passei por isso, rompi o músculo peitoral numa competição, sabia os riscos e paguei o preço, como todo atleta.

No Brasil, quem regulamenta todo esse setor de prescrição e acompanhamento nas academias é o Conselho de Educação Física, que garante que os profissionais e estabelecimentos estejam preparados e adequados a isso da melhor forma possível. Aqui em Curitiba, o CREF tem feito um excelente trabalho. Deixo aqui meus parabéns.