Paixão por “trail running” fortalece laços de uma família, que treina junta para enfrentar a competição El Cruce Columbia.

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Correr entre trilhas, barro, areia, calor, lama, frio, montanha, rio, pedra, neve e vulcão, além de encarar subidas e descidas fortes, são alguns dos desafios da El Cruce Columbia, prova que acontece todos os anos na Cordilheira dos Andes, entre o Chile e a Argentina. Para vencer os obstáculos, é preciso preparação, dedicação e persistência, afinal a prova consiste em percorrer 100 km em três dias.

Desde fevereiro, uma família curitibana vem se preparando para participar da prova, que acontecerá em fevereiro de 2014. “Começamos do zero. Já praticávamos atividades físicas e seguíamos uma alimentação saudável, mas nunca tínhamos participado de uma corrida de rua. É algo novo, desafiador”, afirma a arquiteta urbanista Heloise Almeida Marlangeon. Ela destaca que, mais do que participar da prova, a família espera superar os próprios limites e vencer grandes desafios. “Por esse motivo o sucesso se resume em uma palavra: disciplina.”

Quando começou a treinar, Heloise incentivou o marido a acompanhá-la. O filho Bernardo, de 17 anos, já praticava atividades físicas como musculação e tênis, quando começou a treinar em maio. “Não encaramos a corrida como uma competição, mas sim como um desafio e realização pessoal”, diz o jovem, que estuda Marketing e precisa adequar seus horários aos treinos e trabalho, para conseguir encarar as provas de montanha que vem realizando.

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Preparação – A El Cruce Columbia é considerada “trail running”, esporte que consiste em correr e caminhar sobre trilhas. Difere da corrida de rua e pista por conta das subidas e descidas e do terreno, que na maioria das vezes é montanhoso. Além das provas serem mais longas, há fatores climáticos envolvidos, como a variação de clima e vegetação. A prova é referência internacional em “trail running”. A “trail running” também exige equipamentos específicos, como tênis apropriado para terra e água, com maior tração, bastões em provas com maior altitude, luvas, além de mochilas de hidratação com água ou isotônicos, gel de carboidrato e barra de proteína. É necessário a autonomia, caso tenha dificuldades no percurso, incluindo kit de primeiros socorros e manta térmica de sobrevivência pois,  diferente das provas de rua, neste tipo de competição raramente há distribuição de água e atendimento médico imediato, devido à dificuldade de acesso. “Já estivemos a 2.800m de altitude, com -15ºC. Nossa água da mochila congelou 100% e ficamos sem hidratação o restante da prova”, relata Heloise.

“Na montanha é extremamente importante conhecer a si mesmo, saber escutar seu próprio conselho de mais importante que o cume é o processo que te fez chegar até lá. Certamente isso nos fortalece”, conclui Heloise. Belo exemplo.

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Até amanhã!