Automedicação, um péssimo hábito

Bom dia meu amigo! Hoje falarei sobre um assunto muito comum e extremamente sério, a automedicação. A indústria farmacêutica cresce cada vez mais e vem faturando rios de dinheiro com as nossas doenças. Não podemos deixar de reconhecer, é claro, os avanços no desenvolvimento de novos medicamentos para o tratamento de doenças que antigamente matavam. Sem sombra de duvidas, é de grande valia para aumentar nossa expectativa de vida, mas desde que sejam usados de maneira correta, pois segundo a OMS, mais de 140 mil pessoas morrem por ano somente nos EUA por efeitos colaterais de remédios e medicamentos.

Se pararmos pra observar, não precisamos ir muito longe: você mesmo, algum parente ou amigo tem o hábito de carregar consigo algum remédio para dor de cabeça, azia ou dores musculares, não é mesmo? Dessa forma, tratamos um sintoma e não a causa daquela dor. E tratar o sintoma é o mesmo que “tapar o sol com a peneira”. Essa dor pode voltar ou de repente aparecer alguma doença mais grave e você se assustar achando que veio do nada. Mas seu corpo já havia lhe dado sinais de que algo errado vinha acontecendo.

Um bom exemplo disso são as mães, que quando detectam que seu filho está com febre, vão logo administrando algum remedinho. Contudo, a febre é uma reação do corpo contra algum agente infeccioso que, ao aumentar a temperatura, torna o meio mais difícil para sua proliferação, muitas vezes, chegando a cura. Mas, é preciso ter paciência, recorrer a compressas e banhos frios e ter consciência de que esse quadro pode durar dias até a infecção ser vencida.

Eu como sou pai também, na maioria as vezes em que levei minha filha ao médico com febre, a recomendação foi administrar o antitérmico somente quando a temperatura estiver acima dos 38,5 graus, e menos que isso proceder como citei acima, do jeito antigo. Mas, na prática, a grande maioria dos pais não age assim, e pede de antemão algum medicamento mais forte para “garantir”, sem pensar que todo remédio tem efeitos colaterais sobre órgãos onde são metabolizados, como fígado e rins. Outros acabam com a flora intestinal, reduzindo assim a absorção de nutrientes essenciais para o corpo.

Mas, o que mais me deixa indignado são as propagandas que vejo diariamente na televisão, na qual o fabricante de um analgésico, por exemplo, afirma que o medicamento trata diretamente a causa da dor, o que não é verdade, pois ele vai apenas mascarar um sintoma. A dor, assim como mencionei sobre a febre, é mais um sinal, como quando seu carro acende uma luz mostrando que está na hora de trocar o óleo, se não o carro pifa. Então, meu amigo, não caia nessa, lembre-se de que seu corpo é seu templo, escute-o, observe-o e cuide bem dele. A prevenção é o melhor remédio e para isso uma alimentação equilibrada, exercícios físicos e atitude mental positiva são fundamentais! Espero você amanhã.