Atividade física mal orientada: quando o barato sai caro

Saudações! Deixar de ser sedentário e fazer algum tipo de atividade física tem sido a meta de milhares de pessoas de todos os lugares e todas as classes sociais. E como o sedentarismo é considerado cada vez mais uma doença, vários espaços alternativos surgiram pelo esforço, seja das igrejas, dos clubes, ou dentro das próprias sedes sociais, para aquela faixa de público que não tem acesso tampouco condições de pagar uma academia ou um treinamento mais individualizado.

Esses “Aulões Comunitários”, bem como os grupos de “Ginástica da Terceira Idade” tem como vantagem levar a atividade física para um grupo de pessoas que não teriam acesso ou condições de frequentar uma academia. Pois muitas vezes também a sociabilização com as outras pessoas é o objetivo principal de muitos que frequentam essas aulas e esses espaços, principalmente se tratando de terceira idade.

Porém, o grande problema é que esses espaços funcionam diferente de uma academia, pois em sua maioria não existe uma avaliação física para verificar a situação de cada novo aluno que entra. E mesmo que existisse de pouco adiantaria, pois não é possível tratar os alunos de forma individualizada passando os exercícios que cada um pode ou não pode fazer.

Segue-se a aula conforme o planejado, e as pessoas vão fazendo, e é lógico que a instrução dos professores é que cada um respeite seus limites. Porém, isso não pode ser garantido, porque nem todo mundo tem a percepção de onde esta seu próprio limite, seja em força, condicionamento cardiovascular ou flexibilidade.

Nessas aulas, os iniciantes fazem tudo junto com os mais avançados, pessoas de idades diferentes, pesos diferentes e condições de saúde totalmente diferentes. E devido a isso muitos problemas podem surgir. Movimento num angulo prejudicial pode simplesmente travar as costas, com uma dor insuportável que corre para as pernas e sobe pela base e lateral da coluna.

Encontramos ali também pessoas encurtadas e com sobrepeso, que ao invés de melhorarem a flexibilidade com alongamentos e iniciar com aeróbicos leves, acabam indo para essas aulas onde ficam pulando sem parar, agachando e levantando com o peso do corpo, gerando muito impacto e comprimindo ainda mais as vértebras encurtadas e enrijecidas, daqueles que muitas vezes têm problemas e não sabem. E esse é o lado ruim.

Por isso, o certo é consultar um médico antes de começar a se exercitar, para saber se existe alguma limitação, até para poder passar para o professor da academia (que deve ser graduado em educação física) saber o que fazer. Na dúvida, caminhar num ritmo de médio a um pouco acelerado, por cerca de 30 minutos, 3 vezes na semana, é uma forma certeira e sem riscos de você ganhar condicionamento, enquanto não consegue consultar um médico que possa lhe fornecer um laudo mais completo sobre sua atual condição física, e o que pode ou não realizar. Grande abraço!