No início de abril deste ano, falamos aqui na coluna sobre o Miami Seaquarium ter anunciado que ‘’libertaria’’ a Orca Lolita. Provavelmente foi uma jogada de marketing. Ele já sabiam que ela estava chegando ao fim de sua vida.
Infelizmente ela morreu antes que ganhasse a sua “liberdade”. A cena dela sendo retirada com um guindaste do tanque onde viveu por todas essas décadas é de cortar o coração.
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Captura cruel
No livro em que documenta a história do fascínio global pelas orcas, o historiador ambiental e professor da Universidade de Victoria, Jason Colby, conta como Lolita foi capturada em agosto de 1970.
Na época, os captores faziam parceria com pescadores locais para levar os filhotes de orca a ficarem presos em redes, para em seguida separá-los de seus grupos e, por fim, vendê-los para parques aquáticos, como o Seaworld e o Miami Seaquarium.
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“Quando Lolita foi capturada, eles acidentalmente acabaram prendendo quase toda a população da região”, diz Colby. “Em certo momento, havia cerca de 90 orcas presas nas redes”
Colby diz que ativistas dos direitos dos animais tentaram libertar os animais cortando as redes dos pescadores, mas alguns ficaram presos e quatro filhotes morreram afogados. Orcas são mamíferos e, embora vivam no mar, precisam subir à superfície para respirar. Oito delas foram capturadas naquele mês, incluindo Lolita.
Entre 1962 e 1976, cerca de 300 orcas foram capturadas, dezenas morreram durante essas ações, em torno de 50 foram vendidas a parques e aquários marinhos. Entre todas elas, só Lolita estava viva.
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Todas tiveram sua liberdade roubada, foram machucadas e tiveram mortes horríveis como cair de guindastes ou superaquecer em aviões. Todas as que estiveram em cativeiro foram fadadas a viverem em sofrimento e tristeza servindo de entretenimento.
O captor não se arrepende
Uma das primeiras pessoas a retirar as Orcas dos oceanos foi Ted Griffin hoje com 87 anos, infelizmente não aprendeu nada com o tempo. “Não tenho arrependimentos por todas as atividades, sinto muito que as baleias tenham falecido durante a captura e que não estejam vivas hoje”.
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Ele disse ainda que se lembra bem do dia em que ela foi retirada a força no noroeste do Oceano Pacifico em 1970. Ela era jovem com apenas 4 anos, pequena com no máximo 4 metros ela foi um alvo fácil para ser capturada.
52 anos presa
Lolita foi a Orca que viveu mais tempo em cativeiro. Seu tanque tinha 26 x 11 metros. Foram décadas sendo a principal atração do Seaquarium. As orcas vivem entre 50 e 80 anos, sendo que algumas fêmeas podem chegar a 90 anos. Segundo especialistas, orcas nascidas em cativeiro vivem em média apenas 4 anos.
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Ela é de um grupo de orcas que vive exclusivamente no norte do Oceano Pacifico passando vários meses do ano na costa do estado de Washington, onde foi capturada. Esse grupo de orcas foi considerada ameaçada de extinção devido a capturas como a de Lolita.
O que nós podemos fazer?
- Não financie parques que exploram animais,
- Não tire fotos com animais sedados,
- Não ande sobre camelos ou elefantes,
- Não nada com golfinhos,
- Não vá a locais que exploram a vida marinha.
Sua atitude individual pode ser um pedacinho da grande mudança em relação aos animais.