Ativistas da causa animal de todo país estão em uma cruzada pelo fim do abate de jumentos no Brasil. A medida está no Projeto de Lei 1973/2022 que visa evitar a extinção da espécie.
Segundo o Ministério da Agricultura são abatidos em média 6 mil jumentos por mês no país, a população dos animais vem caindo de forma assustadora, entre 2015 e 2019 o abate aumentou em 8.000%.
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Jumento, asno e jegue são nomes diferentes para o mesmo animal que é uma espécie de parente do cavalo, conhecido por sua força física.
O abate se dá para a retirada do couro dos animais que é exportado para a China. O couro é usado para a fabricação de “ejiao’’, uma espécie de gelatina muito utilizada para a produção de medicamentos para insônia, impotência sexual e rejuvenescimento.
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Não existe nenhuma comprovação cientifica a respeito desses produtos. A prática é insignificante para balança de exportações do agronegócio.
A Justiça Federal já determinou a suspensão do abate de jumentos, mas ele continua ocorrendo. Uma questão importante é que não existe criação de jumentos para abate, eles apenas são capturados nas áreas rurais do nordeste e são vendidos por R$ 50,00 cada.
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Em função disso, as chances de extinção são muito maiores. No Egito essa pratica extinguiu completamente a espécie.
Segundo especialistas, os maus tratos a que são submetidos nesse processo podem acelerar a contaminação de outros animais, inclusive os cavalos, por doenças para as quais não existem vacinas como o “mormo’’ e “anemia infecciosa equina’’.
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Os jumentos sempre foram tratados como animais domésticos no nordeste, ajudando a gerar renda com o transporte de capim e palma e até de sobrevivência transportando agua.
Precisamos salvá-los da extinção. É nossa obrigação.