Selic sobe mais uma vez, agora para 13,25%: Como isso afeta sua vida e seus investimentos?

Foto editada a partir do site do Banco Central

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, alcançando 13,25% ao ano. Este é o quarto aumento consecutivo, e os especialistas já projetam que a taxa básica de juros pode ultrapassar os 15% até o final do ano.

A decisão vem em meio a um cenário econômico preocupante. A inflação segue elevada, e os preços dos itens essenciais continuam subindo. Nos últimos meses, os alimentos foram os que mais pesaram no bolso dos brasileiros, seguidos pelas roupas e pelo transporte. Isso significa que o custo de vida está cada vez maior, impactando diretamente o consumo e a economia do país.

Por que a Selic subiu novamente?

A taxa Selic é a principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação. Quando os preços sobem muito rápido, como está acontecendo agora, o Copom aumenta os juros para desestimular o consumo e o crédito. Com taxas mais altas, fica mais caro pegar dinheiro emprestado, o que reduz a demanda por bens e serviços e, consequentemente, desacelera a inflação.

No entanto, essa estratégia tem um preço: juros altos também dificultam o crescimento econômico, tornando o crédito mais caro para empresas e consumidores.

Inflação global e a influência dos bancos centrais

Esse aumento da Selic não acontece isoladamente. O mundo inteiro enfrenta desafios econômicos, com bancos centrais de vários países também elevando, ou no máximo baixando muito pouco suas taxas de juros para conter a inflação.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) tem adotado uma política mais rígida, o que fortalece o dólar e pressiona ainda mais a economia brasileira.

ICC: Indicador do Custo de Crédito e seu impacto

Outro ponto importante é o ICC (Indicador do Custo de Crédito), que mede o custo médio dos financiamentos no país. Com a Selic em alta, esse índice também sobe, tornando empréstimos, financiamentos imobiliários e compras parceladas ainda mais caros.

Se antes já era difícil financiar um carro ou um imóvel, agora os juros mais altos tornam essas operações ainda mais pesadas no orçamento das famílias.

Impactos na economia e no mercado de investimentos

A elevação da Selic impacta diretamente diversos setores da economia. Com o crédito mais caro, o consumo desacelera, afetando o comércio e a indústria. Empresas que dependem de financiamento para crescer também sofrem, o que pode levar a menos contratações e até mesmo demissões.

Já no mercado de investimentos, os efeitos são variados. Aplicações de renda fixa, como o Tesouro Direto e os CDBs, tornam-se mais atraentes, pois passam a oferecer retornos mais altos. Por outro lado, investimentos em renda variável, como ações e fundos imobiliários (FIIs), tendem a sofrer, mas ai é uma alerta positivo para seus investimentos.

Os FIIs, por exemplo, são diretamente impactados pelo aumento da Selic. Isso porque, com os juros altos, os investidores preferem migrar para ativos de renda fixa, que oferecem ganhos mais previsíveis e seguros. Além disso, os financiamentos imobiliários ficam mais caros, reduzindo a demanda por imóveis e pressionando os preços do setor.

Por outro lado, se você é um investidor que pensa a médio e longo prazo, pode olhar a oportunidade que estes investimentos estão apresentando, visto que essa fase um dia passa, e estes tipos de títulos vão se valorizar.

Quanto rende investir R$ 1.000 com a nova Selic?

Para entender melhor o impacto dos juros altos, vamos ver um exemplo prático. Se você investir R$ 1.000 em uma aplicação que acompanhe a Selic de 13,25% ao ano, sem considerar impostos, ao final de um ano você teria aproximadamente: 📌 R$ 1.132,50

Isso significa um ganho de R$ 132,50 no período. Vale lembrar que, se a taxa Selic continuar subindo, os rendimentos da renda fixa ficarão ainda mais atrativos.

Com os juros elevados e a inflação pressionando o orçamento, o momento exige planejamento financeiro e escolhas estratégicas. Algumas dicas para lidar com esse cenário:

✔ Evite dívidas: Com o crédito mais caro, qualquer financiamento pode pesar no seu bolso. Prefira pagar à vista sempre que possível.

✔ Aproveite os investimentos em renda fixa: CDBs, LCIs e Tesouro Direto estão pagando bem mais. Considere aumentar sua exposição a esses ativos.

✔ Cuidado com os fundos imobiliários e ações: O cenário pode ser desafiador para esses investimentos, então avalie bem antes de aportar seu dinheiro.

✔ Revise seu orçamento: Com o aumento dos preços, é essencial controlar gastos e cortar despesas desnecessárias.

A economia passa por um momento de ajustes, e quem se prepara agora pode colher bons frutos no futuro. Fique atento às mudanças no cenário e faça escolhas inteligentes para proteger seu patrimônio.

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Meu nome é Marlon Roza, sou seu Amigo de Negócios
Instagram: @marlon.roza

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