Copom eleva juros para 14,25%: o que isso significa para sua vida financeira?

Foto editada a partir do site do Banco Central

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou novamente a taxa básica de juros (Selic), passando de 13,25% para 14,25% ao ano. Esse aumento coloca a taxa no maior patamar desde 2016. O Banco Central já sinalizou que novos aumentos podem ocorrer ainda este ano, podendo levar a taxa para 15%, o maior patamar da história recente do Brasil.

Por que os juros subiram tanto?

A principal razão para a elevação da Selic é o aumento da inflação, impulsionada por fatores como:

• Alta do dólar: Desde 2014, a moeda americana tem se valorizado significativamente frente ao real, encarecendo importações e pressionando preços internos. Sem contar a fuga de capital de nosso país pelas as incertezas econômicas por aqui.
• Inflação elevada: O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro foi de 1,31%, o maior patamar para o mês em 22 anos.
• Déficit nominal elevado: O Brasil tem um dos maiores déficits do mundo, mesmo com uma arrecadação recorde, estamos em penúltimo lugar.
• Gastos públicos altos: O aumento nas despesas do governo dificulta o controle fiscal e reduz a confiança dos investidores.

Com esse cenário, o Brasil agora possui a segunda maior taxa de juros do mundo, ficando atrás apenas da Rússia, que enfrenta um contexto de guerra e sanções econômicas severas.

O que acontece com a economia?

O aumento da Selic tem um efeito direto na economia. Entre os principais impactos, podemos destacar:

• Crédito mais caro: Financiamentos e empréstimos ficam mais caros, o que reduz o consumo e os investimentos das empresas.
• Desaceleração do crescimento econômico: Com menos dinheiro circulando, há uma queda na atividade econômica e um risco maior de recessão.
• Atração de capital estrangeiro: Juros altos podem tornam o Brasil mais atrativo para investidores internacionais, que buscam retornos elevados, isso se o país começar a tomar medidas que ajudem a aumentar a confiança desses.
• Inflação controlada, mas a um custo alto: A intenção do Banco Central é conter a inflação, mas isso pode agravar o desemprego e reduzir o poder de compra da população.

O que fazer para proteger e multiplicar seu dinheiro?

Diante desse cenário desafiador, é essencial adotar estratégias para preservar e aumentar seu patrimônio. Algumas alternativas incluem:

Invista em renda fixa: Com a Selic elevada, investimentos como Tesouro Selic, CDBs, LCIs e LCAs oferecem retornos mais atrativos e segurança. Inclusive há chances do Tesouro Prefixado ou IPCA+ vir com taxas elevadas interessantes para os investidores dessa modalidade.

Aproveite a alta do CDI: Em fevereiro, a inflação superou o CDI, mas investimentos atrelados a essa taxa tendem a ser vantajosos no longo prazo.

Evite dívidas de longo prazo: Com juros altos, financiamentos e empréstimos se tornam ainda mais caros. Planeje suas finanças para evitar endividamento desnecessário.

Proteja-se da inflação: Ativos como fundos imobiliários (FIIs) e ações de setores defensivos podem ajudar a manter o poder de compra do seu dinheiro.

Diversifique seus investimentos: Para minimizar riscos, considere alocar parte do capital em ativos internacionais ou em commodities, que tendem a se valorizar em tempos de crise. Estude se a ação está “barata” no mercado, e com inteligência tome a decisão necessária para investimentos a médio e longo prazo.

A alta da Selic tem impactos profundos na economia e nas finanças pessoais. Com a previsão de novos aumentos e um cenário desafiador pela frente, é essencial adotar uma estratégia financeira sólida para proteger seu patrimônio e buscar oportunidades de crescimento. Planejamento, disciplina e diversificação são as chaves para enfrentar tempos de juros elevados e incertezas econômicas.

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Meu nome é Marlon Roza, sou seu Amigo de Negócios

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