Atenção! Este texto contém spoilers.
A esperada volta de Bates Motel, em sua terceira temporada, frustrou um pouco as expectativas de quem esperava mais dinâmica na série. Apesar disso, o elenco continua com alto nível de atuação e Freddie Highmore está cada vez mais parecido com o clássico Norman Bates vivido por Anthony Perkins, chegando a assustar, inclusive.
A lentidão inicial da temporada poderia ser considerada normal, porém, fica a impressão de que, especificamente nesta temporada, ela está além do limite aceitável. Talvez porque, nas duas primeiras temporadas, o público ainda estava se adaptando à ideia central da série. Mas, agora, já estamos todos devidamente familiarizados com roteiro, argumento, personagens e tudo mais. Portanto, nada mais lógico, portanto, do que esperar um desenvolvimento melhor e mais rápido da trama de agora em diante.
Podemos imaginar que a produção tenha optado por detalhar mais a história, focando inicialmente nos dramas pessoais da família Bates, em vez de simplesmente passar aos crimes do jovem psicopata. Dylan (Max Thieriot) e Caleb (Kenny Jhonson) são personagens do núcleo secundário, mas que têm tomado boa parte dos episódios até aqui. A função de juntar as pontas em relação ao passado da família fica com essas duas figuras, claramente simpáticas à vida criminosa.
Para manter as coisas mornas, a produção também comete a crueldade de promover um estranho namoro entre Norman e Emma (Olivia Cooke). A relação, fracassada já na primeira temporada, agora é retomada por Norman, mais parecendo um pretexto para o caso de ele precisar de um álibi.
Com Vera Farmiga brilhando, como sempre, e a impecável produção fazem de Bates Motel uma das melhores opções do mundo das séries. Basta saber se a dose de enrolação do início desta temporada não terminará por nos matar. Se isso ocorrer, certamente, esconderão os corpos. Boa sorte!