Este texto contém spoilers.

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Todas as séries que estão em fase de estreia de temporada fazem belas campanhas, principalmente na TV a cabo e na internet. Resurrection, pelo menos por aqui, foi mais além. A AXN, que transmite o programa no Brasil, utilizou-se de uma mídia fortíssima, mas que não tem sido devidamente valorizada em tempos de vida digital: o rádio.

“Adolescente que morreu há 15 anos retorna para casa”, diz a voz, em tom de noticiário, nos spots publicitários da série. Uma boa peça para rádio, podem acreditar, pode chamar a atenção e atrair público tanto quanto os malabarismos da edição para TV ou internet.

A série merecia uma boa campanha. Na última análise desta coluna, estava na casa dos 2,5 milhões de espectadores, e a estreia da segunda fase já superou os oito milhões. A campanha nos Estados Unidos deve ter sido diferente, mas independente do investimento publicitário, a série tem uma boa história para render ainda alguns bons números.

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E esta temporada já começou com bastante intensidade, fugindo do roteiro mais linear da primeira temporada, com Martyn (Ommar Epps) retornando de uma emboscada militar que sofreu ao tentar fugir com o garoto Jacob (Landon Gimenez). Novos entes queridos também se apresentam num cenário de calma aparente ou liberdade vigiada na cidade. Os diálogos tornam-se obtusos propositalmente em torno de Martyn, que, no final do primeiro episódio, descobre que, agora, também faz parte dos que retornaram.

Uma perseguição do governo ao seu personagem deve fazer parte da trama, com personagens ligados à segurança dos Estados Unidos, e com a tônica sobrenatural como pano de fundo da intervenção militar que levou todos os que retornaram para um paradeiro desconhecido.

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E desta maneira, Resurrection deve arrebanhar mais espectadores, com um bom roteiro e boas campanhas. Quintas-feiras, 22h no AXN.