O serviço de streaming Netflix, com suas produções originais, já demostrou há algum tempo a intenção de balançar os alicerces do entretenimento. E como todo pioneiro, vai se distanciando dos possíveis adversários neste certame, mesmo os grandes canais, estúdios e produtoras já consolidados no cinema e televisão não alcançaram o nível do Netflix.
As produções da Netflix, contando somente as originais, estão em sucesso ascendente há, pelo menos, três anos. Pegando leve, podemos citar Orange is The New Black, House Of Cards, e Better Call Saul, esta última numa jogada comercial infalível assumindo o spin off da consagradíssima Breaking Bad, em parceria com a AMC. Sense 8, que estreou ano passado, pelo menos por aqui agradou, e seu retorno é aguardado com ansiedade, assim como Jessica Jones.
Para consolidar a capacidade de surpreender, eis que Netflix apresenta ao público Strange Things. Confesso que, talvez por distração com outras produções, achei o lançamento discreto, pode ser que eu esteja enganado. O fato é que está sendo uma das mais bem comentadas séries deste primeiro semestre, considerando, claro, somente as estreias.
A série se passa nos saudosos anos 80, e lembra bastante a boa fase dos contos de Stephen King, como Conta Comigo, misturado com algo de Poltergeist e Alien. Sim, tem tudo isso neste terror que conta com Winona Ryder ancorando com competência um jovem elenco, e bem promissor, com destaque para a protagonista Millie Brown, de 12 anos, que interpreta a personagem Eleven, com a qual é impossível não lembrar de Nathaly Portmann, em V de Vingaça. Com tantas referências boas é difícil que alguém reprove a série.
É isso amigos leitores, a Nettlifx está sendo covarde. E já saíram os vídeos promocionais de Narcos, ou seja, os grandes estúdios, provavelmente passarão 2016 correndo atrás da Netflix. De novo.