O advogado cômico de Walter White (Brian Craston) em Breaking Bad, Saul Goodman (Bob Odenkirk) está revolucionando o mundo das séries. Better Call Saul (AMC) já começou estabelecendo o recorde de 6,5 milhões de espectadores em seu episódio de estreia, marca jamais alcançada na TV a cabo norte americana. E com certeza vai fazer mais barulho, se observarmos os seguintes elementos:
1) Breaking Bad tornou-se um marco na história das séries, utilizou uma realidade social conhecida para dramatizar uma situação, que, no caso de Walter White, era temperada com pitadas sensíveis de comédia. Saul Goodman, que apareceu na segunda temporada, foi um personagem que ajudou a colocar essa marca.
2) O público encantou-se com Saul Goodman, mas também era apegado aos vilões Mike Ehrmantraut (Jonathan Banks), toda a família Salamanca e em especial a Gus Fring (Giancarlo Esposito). Nos dois primeiros episódios, já deram o ar da graça Mike e Tuco Salamanca (Raymond Cruz) e a expectativa é de que mais deles surjam durante a trama.
3) Breaking Bad juntou todas as pontas no final e, com grande competência, despertou o interesse nas histórias paralelas, muito provavelmente o sucesso seria o mesmo se a AMC decidisse, por exemplo, contar a história de Gus Fring, desde que , é claro, ele não tivesse morrido. Talvez tenha sido isso que motivou a escolha de Saul Goodman.
4) Netflix e AMC caíram nas graças de um público jovem e mais atento aos dramas. AMC, com Walking Dead, e o Netflix, com House of Cards, formam um time de primeira linha em qualificação de audiência. A estratégia de lançar o primeiro episódio logo após o retorno do hiato de Walking Dead funcionou muito bem, obrigado. A única questão é que, por tratar-se de uma parceria do canal de TV AMC com o serviço de streaming Netflix, Better Call Saul não terá todos os episódios disponibilizados de uma vez só, a exemplo do que acontece com House of Cards. Isso, logicamente, prejudicaria o canal de TV.
Mas chega de elogiar, senão daqui a pouco estraga e começam os spoilers, até a próxima!