Um lobisomem está encurralado em um castelo de uma bruxa. Enviados de Satan percorrem este mesmo castelo para fazer armadilhas aos seus opositores. Dr. Frankestein se depara com suas criaturas. Um aristocrata encontra-se com sua família morta. Em todas essas reuniões macabras está o texto brilhante de terror clássico que faz de Penny Dreadful a melhor série de terror contemporânea. Nestas reuniões as criaturas e visões tentam convencer suas vítimas ao suicídios, com exceção do lobisomem, em diálogos cheios de dor, sentimento, angústia e de uma razão aterradora. Já a protagonista é levada à uma boneca, sua cópia, que está possuída pelo ser maligno supremo, que tenta convencê-la a assumir seu plano, expondo fraquezas e construindo tentações para ter sucesso. A clássica receita do Diabo.

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Independente de qual o desfecho que essa história possa ter, Penny Dreadful, terá acertado em qualquer circunstância. O clima das Londres Vitoriana, o texto excelente, as cenas picantes e sedutoras, Eva Green como protagonista. Diante de tudo isso poderíamos pensar que estamos diante de uma produção da HBO, certo? Não, essa é uma produção do canal Showtime, pequeno em relação aos medalhões, mas que mostra a maturidade da indústria da tv americana, fazendo uma produção de alto nível, que chega ao Brasil, por exemplo, através da sua própria concorrente, a HBO.

Além do talentoso elenco e do texto impecável, a série chega ao final da sua segunda temporada tendo não apenas o medo como elemento de atratividade, mas também a emoção e a singularidade de personagens queridos para os fãs do gênero, como Dorian Gray e o próprio Frankestein.
Com dez episódios de uma hora de duração por temporada, agora só resta esperar pela próxima.

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