* Atenção! Este texto contém spoilers.
A quinta temporada de The Walking Dead terminou, como já era de se esperar, com uma boa dose de ansiedade para a continuação. Normal para os padrões da série. No entanto, essa fase teve um destaque especial pelo forte turbilhão de conflitos que ocorreram. Até a quarta temporada, a história girava em torno de uma única comunidade, no máximo duas. Mas agora nós vimos três grandes conflitos entre os vivos, todos com muito mais velocidade e com mais aventura na trama. O terror psicológico também esteve presente, e com bastante ênfase na tortura pessoal dos personagens.
Na contagem dos mortos mais conhecidos, tivemos Bob (Lawrence Gilliard Jr), Tyreese (Chad Coleman), o nosso eterno Chris, mas que aqui se chamava Noah (Tyler James Willians) e a mais dolorida e desnecessária Beth Greene (Emily Kinney). Foi uma temporada bem mais rentável do que a quarta em termos de desenvolvimento e roteiro, e as mortes, como já citei nesta coluna anteriormente, foram elementos de impacto. Beth Greene e Noah foram os personagens cujas mortes tiveram mais apelo emocional, porque, convenhamos, Tyreese já tinha esgotado suas frases sentimentalistas e motivacionais.
Mais comunidades de seres humanos loucos e sem escrúpulos devem vir por aí. Essa foi a tônica da aventura. No início, mal haviam saído da cilada do Terminus, foram perseguidos pelos sobreviventes canibais que jantaram parte da perna de Bob. Na sequência, enquanto o grupo estava dividido, Beth foi sequestrada e levada para um hospital, outra comunidade dominada por um casal de policiais tiranos, que “ajudam” pessoas que encontram perdidas nas estradas.
E, após isso, surge mais uma comunidade, com várias casas, bem estruturada, no que seria uma espécie de bairro nobre. Devidamente organizada, mas também liderada de maneira bem estranha por Deanna Monroe (Tovah Feldshuh). Aqui, a humanidade se encontra e se revela mais perturbada ainda, pois alguns elementos do grupo se incomodam com a presença de Rick e seus companheiros. Traições, intrigas, artimanhas e política se misturam com o enredo de terror. E, no final, mais loucos apareceram perambulando pelas estradas, como os que estão marcando zumbis com a letra ‘W’ na testa e os prendendo em caminhões-baú.
O roteiro e os conflitos bem alinhados com a aventura fizeram dessa temporada uma boa recuperação para a série. Finalizou exacerbando a espera pela próxima, mas faz parte da brincadeira. Os zumbis, agora, só voltam no final do ano. E fica uma certeza, entre os mortos e os vivos, os vilões estão, com certeza, entre os vivos.