A estreia do Luz, Câmera 50 anos, que consiste em uma adaptação de minisséries e séries clássicas da Globo em formato de telefilme, alcançou expressivos índices de audiência na última terça-feira.Com a exibição de O Canto da Sereia, que teve seus quatro episódios compactados em aproximadamente duas horas, a emissora carioca registrou 23 pontos de média, com picos de 34. Essa resposta do público demonstra que as pessoas não se prendem mais aos quase 200 e tantos capítulos de uma novela.
Na quarta-feira, foi a vez de O Pagador de Promessas, produção dos anos 1980 que tinha, originalmente, oito capítulos. No formato de telefilme, a história de Zé (José Mayer) e o burro Nicolau não sofreu perdas consideráveis com os cortes para a adaptação. Produções curtas apresentam resultados satisfatórios e quem assistiu pôde entender perfeitamente a história de fé que faz o simplório lavrador carregar uma cruz do interior baiano à capital, Salvador, em retribuição ao milagre da cura de seu animal, que estava à beira da morte, por Santa Bárbara.
O projeto dá sequência a outras iniciativas parecidas, como a aposta na exibição do telefilme Doce de Mãe, em 2014. O formato rendeu um Emmy de melhor atriz para Fernanda Montenegro e ajudou a emissora no mercado internacional de séries. Além disso, a Globo investiu outras vezes na linguagem cinematográfica, com a exibição de Getúlio, recém-saído dos cinemas, e a produção do telefilme Didi e o Segredo dos Anjos, já no final do ano.
Luz, Câmera 50 anos faz parte de um pacote de atrações especiais comemorativas dos 50 anos da Globo. Ainda irão ao ar outras produções de destaque, como Força Tarefa, Maysa: Quando Fala o Coração, Presença de Anita, Dercy de Verdade, Ó Paí ó, As Noivas de Copacabana, A Teia.