Receita de sucesso: cenas de sexo, a produção da HBO (que é especialista em boas cenas de sexo, convenhamos) e um público que (convenhamos de novo) não é lá muito conservador em relação à sensualidade exacerbada. Assim é O Negócio, a série brasileira da HBO que chega à sua segunda temporada prometendo manter a… “pegada” da primeira.

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Profissionais de Marketing, tremei! A contravenção inovou e a série mostra como aplicar diversos dos conceitos mercadológicos na mais antiga profissão do mundo. Uma maneira de se posicionar de maneira diferente, e ainda lucrar mais com o trabalho mais do que sacrificado das personagens Karin (Rafaela Mandeli), Luna (Juliana Schalch) e Magali (Michelle Batista). Os episódios recebem, nos seus títulos, alguns dos conceitos e estratégias que nós, profissionais de marketing, nos matamos estudando nas faculdades, MBA’s e correlatos. E o fato é que as garotas da vida são muito eficientes e, em tempos de sexismo proibido, quem vai alegar que somente seus atributos são os responsáveis pelo sucesso, tanto das personagens, quanto da série?

A única coisa que me intrigou foi o fato de elas lerem tanto sobre marketing, coisa que marqueteiros raramente fazem. Marqueteiros se autopromovem como os deuses da intuição estratégica e deixam a razão para os homens das exatas, esquecendo, ao contrário das meretrizes de luxo em questão, que o marketing nada mais é do que matemática escondida atrás do sorriso de uma pessoa de boa aparência, esteja ela de lingerie ou tailleur.

Filosofia e moralismos à parte, as lições estão nas entrelinhas para estas duas profissões. Prostitutas e profissionais de Marketing são igualmente mal falados. A diferença é que ninguém acha que sabe como se prostituir, mas entender de Marketing todo mundo quer entender um pouco. Inclusive as prostitutas. Domingos, 18h, na HBO.

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