Eu vejo gente morta

Qual seria sua reação se um ente querido seu, falecido, batesse à sua porta normalmente, como se nada tivesse acontecido? Foi o que houve com o casal Henry e Lucille Langston, numa manhã qualquer na cidade de Arcadia. À sua porta, estava o agente de imigração Martin Bellamy com uma criança de oito anos, Jacob, o filho do casal. Detalhe: a criança está morta há 30 anos.

Assim começa a trama de Resurrection, série da ABC baseada no livro The Returned, de Jason Mott. O fenômeno começa a se repetir com outras famílias, entes queridos retornam e a série, no meio de tanto suspense acaba por provocar a “sociologia” da arte, revelando reações interessantes das pessoas, sua convivência com os que voltaram e claro, a busca pela verdade.

Resurrection tem um clima de Arquivo X, abre possibilidades a várias explicações para os fatos, muitas discussões e tem um elenco com grandes perspectivas. Conta, por exemplo, com Omar Epps (Bellamy) se livrando (e bem) do extinto Dr. Foreman, da série House M.D., e também Kurtwood Smith (Henry Langston). O suspense está mais nas entrelinhas do que propriamente na ação, que possui uma leveza atraente no sentido de não explorar muito os sentidos, o mistério é o principal ingrediente.

Nos Estados Unidos, a audiência ficou na casa dos 2,5 milhões de espectadores. Não é ruim, mas compete com outros gêneros aos domingos, como The Good Wife, ou Simpsons, sem contar Game of Thrones, na TV a cabo. Uma boa série, intrigante e sem muito peso, para quem gosta do gênero. No Brasil, é exibida pelo canal AXN, às quintas-feiras, a partir das 22h.

Obs.: E já está renovada para a segunda temporada, vivos e mortos comemoram.

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