Chegou ao final a temporada, quase que promocional de Arquivo X, da Fox. Um retorno cheio de ambiguidades, com uma tentativa clara de manter o nível de drama e suspense que fez da série um fenômeno dos anos 90. Mas, é evidente que não poderíamos esperar a  mesma “pegada”, os tempos mudaram. Hoje é mais difícil encantar a audiência com ficção científica, conspirações e tudo mais, principalmente diante do acesso a um sem-número de produções do gênero. Arquivo X voltou para os saudosistas relembrarem o clima difícil e extenuante de lidar com um tema que não tem fim, um roteiro que insistiu no mesmo modelo de uma história por episódio, mas que esqueceu que este formato exigiria pelo menos doze episódios para construir uma relação com a audiência. Qualquer que fosse o final, numa minissérie de apenas seis episódios, seria frustrante.

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Não é possível dizer se é esse o motivo, mas a Fox dá sinais de que vai tentar novamente. E se confirmar isso, deverá se ancorar no maior destaque da nova série, que é a atuação de David Duchovny, (Fox Mulder) que visivelmente fica melhor a cada episódio. Duchovny já vem se destacando em Aquarius (NBC).

Seria muito melhor se desenvolvessem apenas uma história em seis episódios. Chamaria mais atenção, causaria mais burburinho e daria espaço para um final atraente.

Ou que fechem novamente os Arquivos X. 

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