E finalmente foi anunciado o final de Two and a Half Men (Dois Homens e Meio), pela corajosa CBS. A série passou por uma grave crise no início de 2011, com a saída de Charlie Sheen, motivo suficiente na época para seu cancelamento. Claro que o canal não daria o braço a torcer e apostou em Ashton Kutcher, mudando enredo, roteiro, e consequentemente, público. Sobreviveu até agora sob uma enxurrada de críticas e um clima pra lá de esquisito. Já vai tarde.
A própria CBS tem um grande trunfo, uma comédia, e que não é do Chuck Lorre: 2 Broke Girls. Finalizando a terceira temporada com audiência na casa dos oito milhões de espectadores, promete longevidade.
Com Mom, a CBS prova sua coragem, renovando a série para a segunda temporada. O roteiro sofrível teve uma boa melhora nos últimos episódios. Agora, manter a audiência será o desafio. Qualquer lançamento do gênero, que seja um pouco mais elaborado, deve “roubá-la”. Vamos acompanhar.
Também na casa dos oito milhões de espectadores, mas com público mais fiel, está a ótima The Middle, da ABC. O cotidiano da família Heck agrada principalmente pela excelente aproximação com a realidade da classe média americana. A ABC também renovou a comédia Modern Family, premiada e com audiência na casa dos dez milhões.
Na Fox, Brooklyn Nine-Nine encerrou sua primeira temporada na casa dos três milhões. Deve sofrer alterações na data de exibição para tentar compensar o investimento, que incluiu exibição durante a final do Super Bowl. A série é boa, acerta na temática, mas tem muitos concorrentes.
The Big Bang Theory continua sendo a melhor, renovada para mais três temporadas. Personagens já fazem parte do cotidiano do público e arrebatam 17 milhões de pessoas por episódio, um número que supera a melhor fase de Two and a Half Men, do mesmo Chuck Lorre.
E falando novamente nisso, Charlie Sheen amarga com sua Anger Management, pouco mais de 500 mil espectadores. Um bom exemplo de que, mesmo nas comédias, a situação pode ser bem triste.