Dois finais e uma estreia

*Este texto contém spoilers.

No último dia 27 de fevereiro, falei aqui sobre House Of Cards, e o título da coluna foi “Underwood Para Presidente”. No dia 23 de março, foi divulgada nos Estados Unidos uma pesquisa de popularidade na qual Underwood está à frente (e bem à frente) de Barack Obama (!). Me envaideci com a profecia lançada e corri para assistir a terceira temporada. Como previsto, a luta pela manutenção do poder de Frank deu a tônica dessa fase, mas com foco maior no drama no relacionamento com a primeira-dama Claire, que havia assumido o cargo de embaixadora norte-americana na Organização das Nações Unidas (ONU).

Claire tornou-se personagem central em vários momentos. Cometeu erros fatais, mas, ainda assim, manteve uma imagem fortíssima perante a opinião pública, chegando a ofuscar Frank. Assim, com uma crise mal resolvida no casamento, ciúmes e disputa pelo poder, ela decide abandoná-lo, após a vitória nas prévias do partido para a candidatura à presidência. Excelente roteiro e a consolidação da história como sendo uma das mais autênticas representações da atividade política moderna. Fica a torcida para Claire vir para o Brasil e, quem sabe, ser nossa próxima presidente. Sonhemos com isso.

Better Caul Saul

Bob Odenkirk, o Saul Goodman, mostrou ter grande talento na primeira temporada de Better Call Saul. O spin off de Breaking Bad gerou grande expectativa, mas frustrou um pouco sua audiência, que esperava ver o falido advogado Jamies McGill tornar-se o chamativo Saul Goodman ainda nesta temporada, e viu apenas uma parte do início da carreira do personagem. Mesmo assim, Odenkirk, Jonathan Banks (Mike), Raymond Cruz (Tuco Salamanca) e Michael McKean (Chuck) mostraram talento de sobra. Pena que só em 2016 agora. Penso seriamente em assistir novamente Breaking Bad neste hiato.

A volta de Salem

A bruxaria começou bem mais pesada neste início da segunda temporada em Salem. A guerra entre bruxas pelo poder da cidade está oficialmente declarada. Isso acontece após a criação de Mary Sibley (Janet Montgomery) e de Mercy Lewis (a excelente Elise Eberle) ter fugido ao seu controle e tornar-se pivô dos conflitos. Já deu para notar também que teremos mais uma grande atuação de Seth Gabel, como o líder religioso vida-dupla Cotton Mather. Muitos feitiços apavorantes, uma trama bem montada e a quase completa ausência de Shane West, o protagonista John Alden, no primeiro episódio, são bons sinais para a série. Absoluta certeza que, se Aldem morrer, ninguém vai notar. Me avisem se isso ocorrer.