As 100 melhores?

Neste mês, a revista Mundo Estranho, da Editora Abril, trouxe, em sua edição especial, uma lista que denominou como As 100 Melhores Séries da História.

Logicamente que não somos unânimes, nem nunca seremos sobre qual a melhor série de todos os tempos, ou qual a pior. Ou, ainda, aquela que mais gera o efeito Síndrome de Estocolmo, como as citadas aqui na semana passada. Porém, temos que ser mais críticos às famosas listagens que grandes veículos produzem e acabam sendo distribuídas como verdade, o que não é saudável para a informação e a pluralidade de opiniões.
Digo isso a partir do fato do veículo em questão, a revista Mundo Estranho (excelente publicação de curiosidades, derivada de uma antiga sessão da revista Superinteressante), ter reduzido o imenso universo das séries a alguns poucos veículos correlatos e colunistas, o que claramente não atinge sequer o objetivo de alcançar as 100 melhores séries da história nem no quesito audiência.

Fazer com que a lista seja formada pela opinião dos “nerds” de plantão de grandes sites é muito simplório. Maior exemplo disso é que a lista traz como número 1 a série Friends (não contesto a qualidade, apenas a obviedade de que o critério foi apenas impacto e audiência).

A ausência de clássicos como Tales From The Crypt (HBO), que teve em seus inúmeros elencos astros como Schwarznegger, Demi Moore e outros, também revela que é uma lista mais ao estilo Teen Choice Awards, uma vez que muitas das séries que foram sucesso no Brasil também não estão listadas, mesmo com a evidente superioridade de uma Ilha da Fantasia ou A Gata e o Rato, em relação a uma Glee ou Veronica Mars.

Mas a lista também traz boas lembranças, como Arquivo X, Dallas, Jornada nas Estrelas e as brasileiras Castelo Rá-Tim-Bum e Os Normais. Não esqueceu também de Simpsons, South Park e da cinquentenária Doctor Who.

Listas são assim, feitas para serem plenamente contestadas. E, como em todos os casos, é sempre menos ofensivo dizer que as 100 Melhores Séries da História são aquelas 100 que você mais gosta, e pronto.

Agradeço aos leitores da coluna e desejo um 2015 com muito mais do que 100 ótimas histórias para cada um de vocês. Até a próxima!